Da Redação
Eles crescem rapidamente. Torna-se mais difícil convencê-los a comer certos alimentos, pois com o passar do tempo eles vão ficando mais seletivos.
É nesse momento que as regras são bem-vindas, os pais não podem aceitar que os pequenos decidam sozinhos o horário e o que comer. O ideal é que as normas sigam a rotina da casa, com horário para acordar, tomar café da manhã, almoçar, lanchar, jantar, tomar banho, brincar, estudar entre outras tarefas e atividades.
A nutricionista Priscila Maximino explica que a criança precisa comer os alimentos de forma variada e colorida, mas a quantidade também deve ser suficiente para suprir as necessidades da faixa etária. Dessa forma, a especialista enumera o que se pode considerar uma alimentação balanceada para crianças de 1 a 10 anos.
“Para evitar que a falta de nutrientes na alimentação provoque inúmeros malefícios como: atraso de crescimento, dificuldade de ganho de peso – o que gera aumento das chances de adquirir infecções de repetições, como gripes, resfriados etc – falta de concentração e dificuldade de aprendizado, e a mal formação de ossos e dentes, vale a pena encontrar alternativas atraentes para oferecer os alimentos às crianças seletivas”, reforça.
1. Carnes (vermelha, frango e peixe): alternando com peixe e frango nas refeições de almoço e jantar. Entre os alimentos com alto teor de ferro e zinco, estão as carnes vermelhas, o fígado, os rins e outros órgãos. A gema do ovo, as folhas verdes escuras e os grãos de leguminosas também possuem um alto teor de ferro, mas este ferro não é tão fácil de ser absorvido pelo organismo. Entretanto, comer frutas ricas em vitamina C (por exemplo, laranja e mamão) na mesma refeição aumenta a absorção do ferro;
2. Cereais (arroz, aveia aipim, batata-doce, macarrão, batata, cará, farinhas): Esses alimentos fornecem carboidratos complexos e são importante fontes de energia. Cereais enriquecidos também fornecem ferro. Devem ser consumidos em várias refeições, já que são os principais fornecedores de energia do organismo. Por exemplo: no café da manhã, entram os cereais ou pães. No almoço e jantar, arroz, macarrão, batata, mandioquinha;
3. Feijão: fonte de proteínas, fibras e ferro não-heme;
4. Frutas in natura: salada de frutas e sorvete caseiro são boas opções para estimular o consumo de frutas. Deixar as frutas à vista, levar a criança ao supermercado ou à feira pedindo que ela ajude a escolher as frutas;
5. Vegetais amarelo-alaranjados: (cenoura, abóbora, manga, mamão) ricos em vitamina A atua na prevenção da cegueira noturna, necessária para o crescimento e desenvolvimento celular, e resistência contra doenças infecciosas e esses alimentos podem ser utilizados cozidos em purê pães, no arroz, em tortas;
6. Vegetais verde-escuros: (espinafre, brócolis, couve, agrião) fontes de vitamina A, C, ácido fólico, potássio;
7. Hortaliças cruas: São o que comumente chamamos de salada. No caso das folhas verdes devem ser picadinhas como se fosse um tempero verde;
8. Suco de frutas natural: importante prepará-lo e logo após consumi-lo para utilizar as vitaminas por completo;
9. Alimentos ricos em gordura e açúcar (margarina, manteiga, óleos, açúcar, chocolate e outros alimentos doces ou gordurosos). Uma pequena quantidade de gordura é necessária, por isso as fontes desses alimentos devem ser consumidas em proporções controladas, pois também fazem parte da formação de energia do crescimento, e também da formação hormonal. Porém, por serem altamente calóricas, grandes porções ou o frequente consumo desses alimentos, inibem o apetite para alimentos mais saudáveis e podem promover a obesidade infantil;
10. Boa hidratação: água, sucos naturais pouco adoçados.
Além da conscientização de uma alimentação baleanceada para o seu filho, a especialista alerta para outro fator.
“Deve ser observado se a criança possui dificuldades para se alimentar. Nesse caso, a orientação é procurar um especialista infantil, pois quando há dificuldade por qualquer motivo de garantir a ingestão adequada de alimentos, existem outras formas de solucionar a questão, como o uso de suplementos alimentares, o trabalho de reeducação alimentar da criança e da família etc”.