Por Patrícia Gebrim
A vida nos ama, numa intensidade tal, que não desiste de nós. O que quer a vida de nós afinal? Ou, em outras palavras, qual é o sentido de nossa existência? Estamos aqui para integrar luz e sombra. Para voltar à Unidade, onde tudo é um.
O Universo, que sempre foi e sempre será tudo o que existe, quis se conhecer numa experiência material, então viemos nós para cá, e "tudo o que vivemos torna-se conhecido pelo Universo".
Nós somos os olhos de Deus. Acho lindo pensar assim. E o Universo, através da nossa vida, nos envia tudo o que precisamos para voltar para casa, para voltar aos braços do amor.
E o que precisamos?
Precisamos romper nossa identificação com nosso ego. Precisamos nos lembrar de quem de verdade somos, e do que estamos fazendo aqui. Somos divinos… Todos nós! Para nos ajudar a fazer isso, a vida nos convida a irmos além de nossa personalidade, essa casca que não representa nossa essência. A casca precisa quebrar, vocês entendem?
E é exatamente assim que nos sentimos após certas experiências da vida. Quebrados, partidos ao meio, assustados e feridos. Para o ego, esses são momentos de imensa dor. Para a alma é a possibilidade de irmos além de nossas limitações, nos lembrarmos quem de fato somos, nos aproximarmos daquilo que é real em nós.
As quebras pelas quais passamos são portas. Quando as atravessamos, asas surgem em nossas costas. Recuperamos nossa consciência de que somos divinos. Olhe dessa forma para suas feridas, para sua dor mais profunda. Olhe e saiba. Essa dor é uma porta para o amor.