por Sonia Corazza
Num mundo que voa numa velocidade cada vez maior, onde as informações circulam e são trocadas de forma frenética, parece insensato e impossível ficar parado. Não há mais personalidade. Mesmo na produção de artigos vejo que pouca gente escreve um artigo com as próprias palavras, conhecimento e experiências. É um verdadeiro “copiar” e “colar” o que está disponível na internet. Fico pasma de ver artigos que escrevi simplesmente decapitados, cortados e colados sem nenhum pudor e “re” assinados por gente sem pudor.
Talvez o contramovimento mais importante contra essa “coisa” cinética pobre e ruim que estamos vivenciando no século XXI, foi o “slow food”. Iniciado em 1989, na área gastronômica. Agregando mais e mais adeptos ao redor do mundo, o slow food é o avesso do fast food e reúne gente determinada a resgatar a culinária regional, verdadeira e ancestral. Comer melhor, apreciar os sabores, salvar determinados alimentos da extinção, essas são algumas metas dessa nova cultura.
Cuidar melhor, mais apuradamente
O culto pasteurizado do “eu” arrasta milhares de seres ao consumo desenfreado de cosméticos que prometem milagres em pote, aos salões de cabeleireiros que alisam e chapeiam toda e qualquer ondulação de cabelo, a dietas malucas e desequilibradas. Muitas mulheres não sabem exatamente qual é o seu tipo de pele e cabelo. Então, optam por soluções que não são as mais adequadas e isso obviamente compromete a eficácia. Também é importante que a rotina de beleza diária esteja ajustada à realidade e a personalidade de cada uma, para que os cuidados realmente possam ser seguidos à risca. Claro que o resultado só pode ser a decepção e a falta de saúde!
Estaremos completamente descontextualizadas se falarmos em beleza e saúde sem tocar na questão do emocional, que é fundamental. O estresse, especialmente, mexe com o equilíbrio do corpo inteiro, desestabilizando-o. Então, é interessante rever o estilo de vida, para eliminar na medida do possível os fatores geradores de tensão, bem com investir nas atividades de lazer e no descanso
O bacana é que no âmbito do cuidado pessoal, acredito que a partir da década de 90 também estamos vivenciando um movimento similar. Discreto, mas importante.
Fugas de felicidade
A pausa durante o dia é um momento de autoindulgência. Deve-se abusar das texturas, dos cheiros e dos ingredientes nos produtos, desde o banho, até a hora de dormir. Sem dúvida, a combinação de estímulos sensoriais de tato e olfato provocadas pelas formulações cosméticas podem induzir a estados de prazer e deleite.
Pense num creme que se espalha suavemente na pele e deixa um toque aveludado, não é uma delícia? Por si só, as bases cosméticas já são invocadoras de sensação positiva. Imagine quando se agregam óleos essenciais e fragrâncias especiais que resgatam cheiros da natureza, de folhagens frescas, de flores delicadas e frutos maduros. Tudo isso é um universo de carinhos para a pele. Aproveite!