O ano do Touro (Boi de Metal) no horóscopo chinês nos chama para o enfrentamento de tudo aquilo que nos impede prosseguir.
A determinação alimentada pela resiliência em um ano pandêmico como foi 2020, se revelou crucial para chegarmos em 2021 com os chifres do Touro.
Rasgamos o solo árido da desesperança, das vidas perdidas, das despedidas sem adeus, da política das contradições, das florestas e animais queimados e do suor dos abnegados salva-vidas de faces marcadas.
Bufamos com máscaras, sentindo o calor de nossas narinas aprisionadas, nas grades protetoras contra a Covid-19.
Touro, a energia do enfrentamento
O ano do Touro nos chama, com seu capote vermelho, para enfrentamento de tudo aquilo que nos impede prosseguir.
Receberemos as lanças em nosso corpo, mas, mesmo assim, prosseguiremos, e não importando o quanto isso dure ou o quanto possamos aguentar.
A determinação parecer estar mais aguçada.
Há medos, há incertezas, há tristezas, há perdas, mas, na virada do capote vermelho, há também o toureiro, que é você mesmo, você mesma.
Touro, toureiro, a energia de enfrentamento.
Ano do touro bravo e do touro manso, como o touro Ferdinando, que não quer embates, mas apreciar a brisa da natureza, em contentamento sabedoria.
A arena de nossa vida – quer em casa, em home office, quer nas ruas, nos escritórios, quer no transporte público, nos relacionamentos, na mesa de refeição, quer no aqui-e-no-agora -, percebemos as saídas, os caminhos, os ventos das realizações.
Rasco o meu chão com tenacidade e ternura, dou um passo e outro; sou um com tudo o que existe, avanço, e, percebo, de repente, ter me tornado um veículo, onde, sobre o meu lombo Kannon Bodisatva, bodisatva da compaixão, com seu olhar em profundidade, rompe arena, toureiro, chão, saídas, determinação, resiliências, capotes vermelhos, embates, touro e, assim desaparecem, pois são apenas nomes e por serem apenas nomes, existem…
MU!