Da Redação
Levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), aponta que um em cada 10 homens com diagnóstico de câncer de próstata recusa a o tratamento cirúrgico com receio de ficar impotente.
Mensalmente o Icesp recebe cerca de 200 pacientes com câncer de próstata, a maior parte em estágio inicial e, portanto, com chances de cura. Desse total, 10% acabam recusando a realização da cirurgia e preferem um tratamento não cirúrgico (radioterapia ou bloqueio hormonal) contra a doença maligna da próstata.
A possibilidade de disfunção erétil após a cirurgia radical da próstata existe, mas varia conforme a idade. Segundo o médico responsável Marcos Francisco Dall`Oglio, do ambulatório de urologia do Instituto, pacientes com até 60 anos de idade têm cerca de 70% de chances de não sofrerem qualquer problema de disfunção sexual. Já entre as pessoas com mais de 70 anos a probabilidade de impotência são altas, chegando a 90%. Contudo, hoje são disponíveis tratamentos para corrigir essa possível sequela, desde medicamentos de uso oral até o implante de prótese peniana.
“O tratamento apenas com radioterapia pode curar o câncer de próstata em estágio inicial, mas é muito mais demorado, com necessidade de mais de 30 sessões, além de apresentar efeitos colaterais como incontinência urinária, inflamação do reto e da bexiga e até mesmo impotência”, afirma o médico do Icesp.
Para evitar as complicações decorrentes do câncer de próstata, o mais indicado é a prevenção. A partir dos 45 anos de idade todo homem deve realizar periodicamente o exame de toque retal e a dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico). Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura.