Da Redação
Não é difícil lembrar de algumas técnicas que ganharam destaque na mídia e, em pouco tempo, tornaram-se alvo de desconfiança ou simplesmente foram banidas do mercado. Esse foi o caso do lipoestabil, injetado com o objetivo de dissolver a gordura localizada, que acabou proibido pela Anvisa.
Outra técnica que pulou dos programas de TV em horário nobre para a lista do é-melhor-evitar foi a bioplastia – preenchimento não biológico utilizado tanto na face quanto no corpo.
Como a medicina caminha a passos largos, é natural que os pacientes esperem que a cirurgia plástica também ofereça novas soluções para os antigos problemas. Contudo, para serem validados os procedimentos necessitam de estudos e avaliações de médio e longo prazos. Isso é necessário para garantir resolutividade com segurança.
Observemos o caso da lipoaspiração, procedimento criado em 1977 pelo professor francês Yves Gerard Illouz. Após o boom das chamadas minilipo ou lipo light, a cirurgia convencional segue no topo do ranking das mais procuradas no Brasil. Isso porque embora tenham sido lançadas com a proposta de serem menos invasivas, as variações da lipo são indicadas apenas para tratamento de quantidades muito pequenas de gordura – o que acaba por frustrar boa parte dos candidatos.
É claro que as técnicas evoluem. A própria lipoplastia é realizada com cânulas cada vez mais finas e, em muitos casos, com uso do vibrolipoaspirador. Em geral, as cirurgias ganham cicatrizes cada vez menos perceptíveis. Os traumas também são menores e a recuperação mais rápida. Contudo, mais que buscar novidades, os pacientes devem estar cientes que ao optar pela plástica estão optando por uma cirurgia que requer toda a seriedade que envolve qualquer procedimento médico. Quando o tema é saúde, modismos definitivamente não se aplicam.
Fonte: Dr. Wandler de Pádua Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica