A alimentação é um dos pilares fundamentais da medicina da saúde. É na alimentação não saudável que o processo crônico de adoecimento se inicia.
“Seja o seu alimento seu medicamento e seja seu medicamento o seu alimento” – Hipócrates 2500 anos atrás.
“A quimioprevenção por intermédio de ingredientes fitoquímicos comestíveis é doravante considerada um enfoque simultaneamente adotável, facilmente aplicável, aceitável e acessível para o controle e a gestão do câncer.”
Surh YJ. – Revista Nature Reviews Cancer 2003 (2500 anos após Hipócrates)
Antes tarde do que nunca, diz o ditado. Que bom saber que a revista Nature Reviews Cancer parafraseou Hipócrates depois de tanto tempo. A alimentação é um dos pilares fundamentais da medicina da saúde. Nas escolas, atuais berços do humano do futuro, local sagrado onde já se trata, entre outros assuntos, até de educação sexual, causa estranheza o fato de não haver uma disciplina que oriente sobre educação alimentar.
Por incrível que pareça, é na alimentação da criança que o processo crônico de adoecimento principia. Obesidade, hipertensão arterial crônica, diabetes tipo II e os transtornos de dificuldade de atenção cada vez mais frequentes, podem ser evitados na sala de aula!
Cuidado com a alimentação: mudar do arroz branco para o integral já é uma transformação profunda
Os filhos do açúcar e de seus irmãos brancos, desde o leite aos refinados, em forma de sal, farinha e arroz branco, podem se beneficiar muito das recentes descobertas da ciência da nutrição. Para começar, um passo por vez, a simples mudança do arroz branco para o integral já seria suficiente para uma transformação profunda. Quantos nutrientes se escondem na fina casca do arroz integral, base da nutrição saudável…
Um ser bem alimentado com as vitaminas do complexo B (presentes na casca do arroz integral), que fortalece o sistema nervoso e seus neurotransmissores, certamente vai pensar melhor e, portanto, servir melhor.
Hoje a ciência convencional é tida pelo “poder vigente” como autoridade mor em ditar a cartilha do que é certo ou errado, do que é bom ou ruim para as pessoas. Silenciosa, a “outra ciência”, tradicional, portadora da sabedoria milenar da raça humana, caminha em paralelo amparando aqueles que em seu tempo se apercebem da profunda interconexão existente entre o macro e o microcosmo. Infelizmente ou felizmente para alguns, nosso tempo existencial terreno, cerca de 90 anos, é insuficiente para nos apercebermos da fragilidade de alguns dos sistemas de valores que sustentam a organização social. O mesmo vale em relação a interesses ocultos sob o manto da invisibilidade midiática e seus representantes simpáticos que sempre portam nas mangas soluções e propostas de efeito em curto prazo e de fácil acesso.
O prejuízo decorrente de nossa desatenção recai invariavelmente sobre aqueles de nós, que na escassez de tempo para pesquisar e vítimas de uma educação carente, tornam-se distraídos, no mal sentido. Sim, pois Clarice Lispector nos explica o bom sentido da distração em seu poema: “Por não estarem distraídos”.