“É fundamental lembrar que o ato sexual é, antes de tudo, uma expressão de conexão e prazer.”
Pergunta de um leitora:
“Será que o casal pode perder a função intrínseca e primária que o ‘objetivo’ está no prazer de transar sem vistas a um resultado? Ou seja, não enxergar a transa como uma atividade autotélica, onde o valor da transa reside nela mesma? Será que o casal quando pensa em transar para engravidar tendo isso como foco, o sexo não pode ficar muito automático?”
Resposta: Caro(a) leitor(a): Essa é uma reflexão muito pertinente, pois o contexto de “transar para engravidar” pode, de fato, transformar a dinâmica e a vivência sexual do casal.
Quando o sexo passa a ser direcionado por um objetivo específico, como a concepção, corre-se o risco de ele perder sua qualidade autotélica, ou seja, o prazer e a conexão intrínsecos ao ato em si, independentemente de um resultado externo. Esse deslocamento de foco pode tornar algo natural e espontâneo em uma “tarefa” ou “procedimento”, afetando negativamente a satisfação mútua e a intimidade do casal.
É fundamental lembrar que o ato sexual é, antes de tudo, uma expressão de conexão e prazer. Por isso, é importante criar momentos de intimidade que não sejam exclusivamente voltados para a concepção, permitindo que a relação se mantenha leve e prazerosa.
O equilíbrio entre o desejo de engravidar e a preservação de uma sexualidade saudável passa por uma comunicação aberta sobre expectativas e frustrações. Assim, essa fase pode ser vivida de forma mais harmoniosa, fortalecendo o vínculo afetivo e sexual do casal.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.