por Adriana Kachani
Todo mundo adora uma salada, principalmente no calor. São frescas, geladas e dão uma sensação de leveza. Também dão aquela sensação de dever cumprido, afinal, são ricas em fibras, vitaminas e minerais. O funcionamento do intestino fica garantido, além de nos enchermos de antioxidantes e nutrientes que melhoram as unhas, a pele, o cabelo…
Mas o bom mesmo é que emagrecem, certo? Cuidado, NEM SEMPRE! Depende do que tem na salada, depende do molho, depende do que se come junto, do que se come depois, do que se come antes. O que estou querendo dizer é que almoçar ou jantar (ou ambos) somente uma salada não é garantia de corpo perfeito.
Salada deve conter os três grupos alimentares
Vamos por partes. Salada é bom, é nutritivo. Mas é uma entrada. A salada só pode deixar de ser entrada para ganhar ‘status’ de refeição quando satisfaz a regra que sempre volto nos meus artigos: tem que ter um alimento de cada grupo. O grupo dos reguladores já está explícito, são as próprias hortaliças da salada. O grupo dos alimentos construtores pode ser representado por um queijo magro (queijo minas) ou por peru/ frango/ atum/ kani desfiados ou ovo cozido. Já o grupo dos energéticos pode aparecer na salada como crouton, batata (cozida), milho, feijões, e outros. Ou seja, se a salada incluir todos os grupos alimentares, ela pode equivaler a uma refeição, pois vai atender as necessidades nutricionais daquele momento.
Salada: primeiro prato
Caso a salada seja um primeiro prato, seria melhor que só se consumisse folhas, tomate, cenoura, cebola, pepino. Crouton, milho, batata, feijões (ervilha, grão de bico, lentilha, feijão branco…) são alimentos energéticos muito saudáveis, mas que se forem consumidos na salada devem ser retirados da “cota energética” do prato principal.
Alimentos que aumentam o teor calórico das saladas
Uma vez entendido isso, vamos aos alimentos que não podem estar na salada. Alguns detalhes de acabamento que os chefes gostam de incluir nos pratos podem aumentar, e muito, o valor calórico de sua singela salada. Segue a lista: batata palha, bacon, parmesão ralado, presunto, azeitonas, muzzarela de búfala, entre outros.
Molhos
Um grande problema que encontro no consumo de salada é o tipo de molho utilizado. Muitas pessoas “encharcam” a salada de azeite de oliva, com a crença de que ele faz bem ao coração. É verdade, o azeite é rico em gorduras que ajudam a aumentar o HDL, conhecido popularmente por “colesterol bom”. Mas, o azeite é uma gordura, e engorda como tal. Ou seja, em excesso aumenta o peso, praticamente anulando o efeito bom que o azeite poderia causar. O correto é usar o bom senso, e não colocar mais do que uma colher de chá de azeite na sua salada.
Mas para aqueles que gostam de uma salada gigante, esse azeite seria muito pouco. Para dar volume, você pode acrescentar bastante limão, laranja, vinagre, shoyo, aceto balsâmico…aí entra a criatividade e o paladar de cada um.
Abuso de sal e celulite
É importante também acrescentar que não devemos abusar do sal. Além de elevar a pressão arterial, ele causa retenção hídrica, o que pode levar a inchaço e celulite. Assim, procure temperar com pimenta – que ativa o metabolismo – e com ervas, como hortelã , manjericão ou cebolinha.
Por que não comer salada junto com o prato principal
Por fim, lembre-se que a salada deve ser consumida antes do prato principal, e nunca ao mesmo tempo. Um dos objetivos da salada e suas fibras é dar a sensação de saciedade, a fim de que possamos diminuir a quantidade calórica durante a refeição. Assim, ao consumir primeiramente a salada, seu estômago ficará um pouco mais cheio, sobrando menos espaço para o resto da refeição.
Ao realizar uma refeição completa, seja ela salada + prato principal ou salada completa, seu corpo não vai ter necessidade de beliscar durante a tarde/noite, e você vai conseguir se segurar até a próxima refeição, seja ela o lanche da tarde ou da noite.