por Karina Simões
“Mulher trabalhar fora: persiste ainda uma falsa crença de abandono do filho”
Ainda continuo ouvindo na clínica queixas de mães que se sentem culpadas por terem que deixar seus filhos em casa e dividir com babás ou familiares funções de genitores, que antes eram exclusivamente suas.
Parece que a barreira quanto ao direito de poder trabalhar fora e ter oposição do marido é fato que ficou no passado.
No entanto, o processo de evolução social de reconhecimento do espaço da mulher no mercado de trabalho, ora trouxe uma aceitação e aprovação por todos, ora gerou em algumas mulheres um sentimento de certo incômodo. A crença de abandono do filho e a ideia de descuido geraram um sofrimento comprometedor da própria felicidade.
Esse pensamento não adaptativo, ou seja, disfuncional, precisa ser confrontado com a verdade e compreensão de que educar é escrever no coração do filho valores que o conduzam à felicidade e esta escrita se dá por palavras e toques, mas também, e acima de tudo, com o testemunho real através de atitudes.
É amando-se que cada mulher pode se tornar uma melhor mãe. Afinal, ninguém é capaz de amar negando-se a si mesma!