por Sandra Vasques

"Isso me gera insegurança e me bloqueia totalmente. Eu que sempre fui saidinha, agora pareço um pedaço de madeira na cama, isso quando permito algo… Fiquei sabendo que eles faziam tudo e mais um pouco e isso não sai do meu pensamento, gerando comparações e desânimo da minha parte para o sexo. Ele me apoia e tenta ajudar, mas não adianta. Como me livro desta obsessão?"

Resposta: A ex dele era boa de cama, mas ele está com você agora. Isso parece indicar que o sexo tão maravilhoso não foi suficiente para manter aquela relação.

Assim, quem está dando prioridade ao sexo nesta história e se colocando em desvantagem é você. Aliás, você sabe disso, quando diz que ele tem procurado te ajudar a se sentir mais segura. Mas não tem dado resultado porque existe algo dentro de você que a leva a se comparar com a ex-namorada e a imaginar que por mais que tente, não conseguirá ser e fazer como ela. Portanto, pare de tentar ser e fazer como ela. Parece que não é isso que ele quer e também não é o caminho mesmo que ele quisesse. Seja como você pode ser e com o passar do tempo na relação, tanto você quanto ele descobrirão um jeito próprio, do casal, de curtir o sexo. Afinal, sexo não e só penetração, e sim a expressão de nossos desejos, experiências, fantasias e também de nossos valores, limites e possibilidades.

A junção desses aspectos de vocês dois, os transformará num casal único que pode fazer muito sucesso, mesmo sendo diferente do que ocorria entre ele e a ex.

Além disso, um casal fica junto porque o sexo é bom e estimulante, mas não só por isso, senão eles poderiam estar juntos até hoje.

Mesmo que ele tenha feito coisas com ela que você jamais toparia, isso faz parte de sua marca, de seu jeito de ser, que não deve mudar se você não tiver esse desejo. E se ele a admira e deseja, vai entender e aceitar seus limites e usufruir de outras possibilidades que você tem. Parece que você precisa ficar mais segura de quem é, de como se expressa, de como encanta como amante.

Ouse ser você com ele e veja o resultado. Só nos expressando como realmente somos e tendo alguém do nosso lado que também faça o mesmo, é que podemos saber se a relação que estamos construindo é estimulante e prazerosa para ambos. Se não for, teremos a oportunidade de partir para outra história que tenha mais a ver com nosso jeito de viver e de ser. Se não conseguir se libertar dessas amarras interiores, procure a ajuda de um psicólogo que certamente a ajudará nessa empreitada.