por Eduardo Yabusaki
Quando ambos estão apaixonados, tudo ocorre as mil maravilhas no relacionamento: sentimentos e vivências prazerosas. Isso é extremamente natural e não devemos nos “odiar” por permitirmos nos deixar envolver.
Afinal, essa fase é de grande importância, pois é o primeiro passo motivacional para conhecermos quem realmente é o outro. Mas é preciso ter claro que, com o passar do tempo, essa paixão diminuirá.
Quando nos deparamos com sentimentos intensos do apaixonamento tendemos a ficarmos polarizados nos bons sentimentos, boas características e virtudes do nosso par, não permitindo que os defeitos e aspectos negativos do outro se sobressaiam.
No decorrer da paixão, é saudável que deixemos nos conduzir pelos nossos sentimentos e emoções para que possamos nos envolver e mostrar nossa capacidade afetiva e de entrega. Essa vivência, quanto mais verdadeira, mais nos mostrará o quanto um é importante para o outro.
Nessa fase, tudo parece lindo e maravilhoso: um foi feito para o outro e que se está com pessoa certa para o resto da vida. Mas isso poderá ou não se confirmar com o passar da convivência. Porém, passada essa paixão inicial, podem surgir os primeiros conflitos. Afinal, o relacionamento e a convivência adquirem uma estrutura mais estável e constante. Nessas condições, começam a surgir visões e opiniões diferentes e, consequentemente, atitudes e comportamentos diferentes.
O relacionamento entra numa rotina, que faz parte de nossa vida. Essa é uma oportunidade para nos organizarmos de forma mais positiva no nosso dia a dia. Isso, pois, nesse momento, o relacionamento “cria” situações que anteriormente não existiam ou não eram observadas: inseguranças com determinadas situações como o trabalho do outro ou as relações de amizade.
Em consequência dessas situações, sentimentos conflitantes podem ocorrer, como o ciúme exagerado, ou mesmo sem tanto ciúme, comportamentos como de ficar no pé, querendo controlar… E ninguém gosta de se sentir controlado.
Você está preparada para atravessar a fase pós-paixão?
1.Qual seu grau de envolvimento emocional e afetivo para avaliar se vale a pena ou não enfrentar tais dificuldades?
2.O quanto efetivamente se conhecem, para saber se vale a pena continuar? Será que não vale a pena se conhecerem mais profundamente para verificar se realmente estão cultivando sentimentos significativos?
3.Para um relacionamento inicial, você está disposta a enfrentar o desgaste que todo conflito gera dentro de um relacionamento?
4.Será que você tem disponibilidade para se expor em sua intimidade de conceitos, valores, pensamentos, fraquezas… Enfim, em tudo que nem sempre é fácil reconhecer ou expor a quem quer que seja?
5.Se tiver dúvida em responder qualquer uma destas perguntas, avalie consigo mesma se está preparada ou interessada em viver um relacionamento, pois é necessário ter claro para si mesma, o que deseja e espera de um relacionamento, para estabelecer o que pode tolerar nessa convivência.
Acima de tudo, lembre-se, não existem fórmulas para viver um relacionamento, mas é preciso saber o que se quer e o que não se quer. Viva com amor e seja feliz!