Por Patricia Gebrim
Abandone as máscaras e tenha a coragem de ser quem você verdadeiramente é.
Ultimamente tenho pensado bastante em como tem sido difícil entender o mundo em que vivemos. Vira e mexe tenho essa sensação de não entender nada.
Olho ao redor e as coisas cada vez mais carecem de sentido. Não entendo as atitudes das pessoas, suas escolhas, as formas como escolhem se relacionar. Tudo me parece superficial, complicado, artificial, desprovido de afeto e extremamente empobrecido.
Em minha forma de pensar, me questiono:
– Por que não podemos ser simplesmente verdadeiros?
Dizer a verdade com relação a quem somos, nossas intenções, sentimentos e desejos?
Por que optar por jogos e estratégias, que na maioria das vezes só tornam tudo tão mais complicado?
Por que dizer algo que não sentimos?
Por que construir máscaras e fingir ser o que não somos? Construir personagens, e depois ter que viver representando, ter que carregar a máscara para todos os lados, com medo de que vejam nossa verdadeira face.
Não cansa isso?
Não nos deixa sempre patinando no lodo de não saber se somos verdadeiramente amados, ou se o outro acabou se encantando pela máscara que inventamos, nos condenando a ter que carregá-la para todos os lados, com medo de perder o que conquistamos?
Que loucura tudo isso! Estamos todos enfeitiçados. Quanto esforço… Quanto trabalho.
– Para quê?
Essa pergunta é muito importante. Façam-na a si mesmos:
– Para quê???
O que estamos ganhando com isso? Estamos nos tornando mais felizes? Mais completos? Mais amados?
Eu sei que não. Estamos apenas ficando exaustos, deixando de ser quem de fato somos, afastando de nós as pessoas que poderiam realmente nos amar.
Estamos criando para nós mesmos uma solidão enorme, a maior de todas, aquela que sentimos quando nos afastamos de nós mesmos.
É triste perceber que continuamos a fazer isso. Mas, do fundo de meu coração, peço que eu seja capaz de escapar desse feitiço, e que surjam em minha vida pessoas também capazes de escapar dessa horrenda maldição.
A falsa perfeição é uma armadilha. Não existe nada mais belo do que gente "de verdade"'.