por Eduardo Yabusaki
A balada poderia estar associada a curtir uma noite de diversão, como sair pra dançar, estar com amigos num bate- papo ou paquerar.
Lamentavelmente ao pensar em balada hoje, deve se considerar o consumo abusivo de alcool, maconha, cocaina, crack, LSD, ecstasy e tantas outras drogas sintetizadas ou naturais com efeitos estimulantes e alucinógenos, consumidas "livremente", em raves, casas noturnas, boates, danceterias, e que acaba por viabilizar viver o sexo sem nenhum propósito, ou seja, atender uma condição circunstancial de perda de limite e censura.
É cada vez mais comum a verificação de jovens, tanto homens quanto mulheres que acabam vivendo situação de abuso ou intimidação sexual, sem que tenham a menor percepção ou critica, fazendo com que sua intimidade e sexualidade fiquem expostas de forma primitiva e desvinculada de qualquer sentido afetivo ou sexual.
O verdadeiro objeto sexual entregue à própria sorte, em que as pessoas saem desse tipo de “festa”, quase em estado de coma ou desmaiadas. Diante desse comportamento social, é frequente o relato de vitimas de todos os tipos de violência, como agressão física até a morte, coação psíquica com sequelas traumáticas, abuso e violência sexual, e muitas outras manifestações bárbaras inimagináveis.
Numa visão cognitivista observa-se o quanto essas situações expõem os indivíduos a condições adversas na estruturação de referências conceituais, valores ou mesmo manifestação de sua essência afetiva ou emocional. Observamos, ao contrário, circunstâncias destrutivas à boa convivência ou possibilidade de troca e amadurecimento das pessoas, dificultando ou mesmo impedindo um inter-relacionamento pessoal saudável e construtivo.
É cada vez mais comum a procura por terapia para poder lidar com o conflito dessa realidade devido à não identificação com essa forma de convivência afetiva. Essas condições estão sempre muito presentes e são incompreensivelmente reforçadas pelas pessoas.