Aceitação do corpo, um desafio em tempos narcísicos

por Regina Wielenska

Hoje li sobre a modelo e produtora de cinema Paige Lauren Billiot (foto), que nasceu com uma mancha rosada escura de contornos irregulares na metade do seu rosto e pescoço. Na infância, ela foi criticada por outras crianças, sofreu bullying. Suponho fortemente que naquela época não deve ter sido fácil dar conta dessa característica que a acompanha até a vida adulta.

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Fiquei encantada com o ensaio fotográfico chamado Flawless Affect no qual ela decidiu colocar em evidência a mancha e ressaltá-la com estratégias de maquiagem e, provavelmente, manipulação digital.  O resultado encanta, vi apenas quatro fotos.

Esse projeto tem por função evidenciar a beleza de cada um e celebrar os traços que acompanham cada pessoa. Pareceu-me uma jornada de aceitação e retomada do amor-próprio. Vivemos numa sociedade em que o endeusamento de standards muito rígidos de beleza acabam por aniquilar o amor-próprio e a autoconfiança de um sem-número de pessoas.

Busquem pela artista e seu projeto na internet, conectem-se com os intentos de Paige. A partir dos sentimentos que você sentir, pare um instante para refletir sobre o modo como você celebra seu próprio corpo, sentindo quão forte, capaz e transformador ele é, independentemente de suas características específicas, até mesmo aquelas desvalorizadas por terceiros.

 

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