E-mail enviado por uma leitora:

“Eu acho que meu namorado está dando em cima da minha irmã o que eu faço? Já falei com ele, mas ele vive falando que não tem nada a ver.”

Resposta: Bem, uma história que envolve duas irmãs e um namorado acaba configurando um triângulo amoroso, relação repleta de emoções extremas, marcantes e muitas vezes perigosas.

Na sua história, você suspeita que seu namorado está dando em cima de sua irmã. Ao ser questionado, ele nega. Assim, sua percepção não está batendo com a informação que ele passa a você. Então você tem que tentar observar melhor o que realmente acontece.

Será que há realmente uma paquera entre eles ou a sua insegurança a faz temer que isso aconteça?


Como é sua relação com sua irmã? Existe uma rivalidade entre vocês? Você chegou a perguntar para ela se ela está interessada em seu namorado?

Sim, partindo-se do pressuposto que você e sua irmã não se odeiam, uma conversa franca entre vocês seria a primeira coisa a ser feita. Isso não quer dizer que nessa conversa sua irmã diria um sim ou um não. O limite entre uma relação de amizade e um flerte, pelo menos no início, é muito sutil; às vezes duas pessoas se identificam nas ideias e demonstram um entusiasmo que pode, facilmente, ser confundido com um flerte.

Uma conversa franca com sua irmã poderia ser a primeira a coisa a ser feita

Desse modo, você conversar com ela seria uma forma de tentar conscientizar sua irmã que está de olho no que está acontecendo. Assim como conscientizou seu namorado ao perguntar para ele se está de olho na sua irmã.

A partir daí, não existe mais muito o que possa se feito em relação a eles. Mas existe muito a ser feito por você dentro da relação. Primeiramente, pergunte-se como você era quando seu namorado a conheceu; quais as suas características que o levaram a começar um relacionamento com você.

Dicas para você poder refletir sobre a sua relação  


Pergunte-se: você é a mesma de quando ele a conheceu? Ou tornou-se insegura, amarga, desconfiada? Depois, tente avaliar se houve ou está havendo um esfriamento no relacionamento, se os momentos em que estão juntos são agradáveis, se sente que ele a admira pelo que diz ou faz… Enfim, procure entender se o relacionamento de vocês se sustenta a dois. Sim, porque a entrada de um terceiro elemento na relação pode acontecer quando os dois envolvidos não têm ânimo, força, ou vontade para alimentar essa relação. Você não pode adivinhar os pensamentos ou sentimentos de seu namorado, mas pode questionar os seus.

Mas o que eu faço com essa terrível dúvida?

Caso essa sensação de que você está sendo trocada pela sua irmã persista e fique mais evidente, cabe a você decidir se continua a luta para reconquistar seu namorado, ou desiste, e se afasta dessa sensação angustiante que deve estar sentindo. Caso decida continuar, tente criar situações interessantes entre vocês, proponha novos programas a dois, de preferência sem a companhia de sua irmã, e veja se ele volta a se interessar por você.

Caso porém, desista da relação ou ele realmente resolva ficar com sua irmã, tente não deixar que esse fato mexa muito com sua autoestima. Sim, se isso acontecer, provavelmente a relação com esse namorado e com sua irmã sofrerá um grande dano, pelo menos no começo. Evite, porém, fazer dessa derrota o centro dos seus pensamentos. Você, provavelmente, é jovem e outros namorados virão.

No meio de tudo isso, como lido com a minha irmã?


Quanto ao relacionamento com sua irmã, só você poderá avaliar o quanto estará pronta para perdoar. Ou não. Lembre-se que rivalidade entre irmãs é bastante comum, mas quando ela se dá no campo amoroso costuma deixar marcas profundas. Que, certamente, poderão diminuir quando você estiver numa relação amorosa mais estável.

E o mais importante: qualquer que seja o desfecho desse episódio, lembre-se que todos passamos por bons e maus momentos; todos ganhamos ou perdemos afetos; e todos podemos lutar pelo que queremos, mas no amor é necessário que os envolvidos queiram a relação para que ela seja viável.

Atenção!

Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.