Acupuntura ajuda bebê a mudar de posição para parto normal

Da Redação

Acupuntura apresenta técnica de moxabustão que ajuda a mudar a posição do bebê na barriga da mãe

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Moxabustão: aplicação da ponta do bastão ou cone de moxa próximo à superfície da pele Durante muito tempo temeu-se fazer acupuntura em mulheres grávidas. Existia um tabu gerado pela falta de informação. Hoje a realidade é bem diferente. Muitas grávidas realizam o procedimento para vários fins, dentre eles, ajudar a mudar a posição do bebê para a realização do parto normal.

Geralmente um bebê costuma se posicionar de cabeça para baixo (posição correta para o nascimento, chamada de cefálica) entre as 32ª e 34ª semanas da gestação. Porém, existem casos em que ele não se posiciona corretamente, dificultando ou impossibilitando o parto normal. Para ajudar o bebê a virar, a acupuntura dispõe de uma técnica chamada moxabustão, que se baseia nos princípios da medicina tradicional chinesa e conhecimento dos meridianos (pontos) de energia trabalhados na acupuntura. Para a Dra Aparecida Enomoto, especialista em acupuntura pela Universidade de Medicina Tradicional de Beijing, “Esta técnica é muito eficiente e ajuda as mães que optam pelo parto natural. É um convite para o bebê caminhar para a posição cefálica e para o parto natural”, declara.

A moxabustão ou moxa é preparada a partir da artemísia (Artemisia vulgaris), uma erva perene comum. As folhas aromáticas são secas e peneiradas várias vezes até que fiquem macias.

Como funciona

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A combustão da artemísia tem a propriedade de aquecer profundamente, tornando-a eficaz quando há menos circulação, condições frias e úmidas, além da deficiência do yang. A artemísia tem o poder de extrair a energia Yang do Yin.

Quando aplicada aos pontos de acupuntura específicos à deficiência de yang, o corpo absorve o calor o máximo possível, recuperando o Ch'i (energia) do yang do corpo e o "fogo ministerial", a fonte de todo o calor e energia do corpo.

Para isso, basta acender a ponta do bastão ou cone de moxa e mantê-lo cerca de um centímetro ­­da superfície da pele, porém a distância varia de acordo com a tolerância do paciente e da quantidade de estímulo térmico que se deseja. Normalmente o bastão (ou o cone) é queimado alguns segundos em cada ponto de acupuntura até a pele ficar avermelhada e o local aquecido.

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O calor do bastão de moxa também pode ser conduzido através da agulha de acupuntura, por aproximação da pele. Esse processo é tido como moxa indireta: implica em enrolá-la, colocá-la na ponta de uma agulha de acupuntura enquanto ela está no corpo, e acendê-la. O calor da moxa percorre o cabinho e a agulha e essa transfere o calor especificamente ao ponto desejado no corpo.

A moxabustão pode ser utilizada sozinha ou associada às práticas de acupuntura tradicional.