por Saulo Fong
A cada dia que passa, vejo cada vez mais pessoas sendo diagnosticadas com depressão.
Acredito que a maioria das pessoas conhece alguém ou já ouviu falar de alguma pessoa que esteve ou está com depressão.
Primeiramente, é preciso definir o que é depressão. É um nome genérico dado a um estado de profunda e persistente tristeza e apatia generalizada que pode afetar os pensamentos, os comportamentos, os sentimentos e a sensação de bem-estar de uma pessoa.
Há diversas linhas terapêuticas que abordam os quadros depressivos de diversos ângulos. Há linhas que afirmam que o problema pode ser biológico, outras psicológico e correntes que consideram sua causa como o conjunto desses dois aspectos.
É fato que cada pessoa é diferente e a causa da depressão pode ter diversos fatores envolvidos. Hoje focarei em apenas um deles: o pensamento.
Cada um de nós tem uma forma de pensar e interpretar as situações que acontecem em nosso dia a dia e em nossas vidas. Esta forma pessoal de interpretar os contextos é inconsciente e está baseada naquilo que nós tomamos como verdade desde a nossa infância. Essa verdade pessoal e relativa é chamada de crença. A maioria (senão todas) as interpretações que damos aos fatos da vida são baseados em nossas crenças pessoais.
Quando algo não acontece do jeito que planejamos, podemos interpretar a situação como algo negativo ou positivo. Quando interpretamos como sendo algo negativo muitas vezes sentimos medo, tristeza ou raiva. Quando interpretamos como algo positivo sentimos gratidão, força e plenitude. Ou podemos apenas considerar cada situação como sendo neutra do jeito que é, ou seja, nem boa nem ruim.
Muitas pessoas entram em depressão porque acabam interpretando as situações da própria vida como algo negativo. Essas interpretações são tão inconscientes que elas nem se dão conta dos próprios pensamentos, porque estão intrinsecamente identificadas com eles.
Para adotar novas crenças que possibilitem novas interpretações é preciso primeiro tomar consciência dos pensamentos limitantes, dar-se conta de que essas interpretações são relativas e buscar novas possibilidades de enfrentar os desafios da vida.
Essa mudança é simples, mas não é fácil. Exige disciplina, atenção e prática. Entretanto, o resultado é a administração dos próprios pensamentos, ou seja, aprender com tudo que acontece em nossa vida e ter a escolha de ganhar força com cada desafio que enfrentamos.