Por Jocelem Salgado
Quando as pessoas fazem uma dieta em que elas isentam o glúten e essas perdem peso, o responsável por esta diminuição das medidas não é o glúten em si.
A verdade é que elas emagreceram porque retiraram da sua dieta os carboidratos que engordam como, por exemplo, pizza, massas, pão e substituem por opções menos calóricas, como frutas, verduras, carboidratos integrais, peixes, ovos etc. No entanto, esses quilos a menos registrados na balança, não necessariamente significam que houve uma perda de gordura, podendo ter ocorrido a perda de músculo, fato prejudicial à integridade do nosso corpo. Em resumo, retirada do glúten não está associada ao emagrecimento.
Alimentos que possuem nos seus rótulos o alerta de que não possuem glúten possuem quantidade de calorias semelhantes, ou até maiores, do que os produtos que possuem glúten na sua composição. Este fato foi comprovado por um estudo publicado no American Journal of Gastroenterology, no qual cerca de 188 pessoas que possuíam diagnostico positivo para a doença celíaca foram acompanhadas e submetidas a uma dieta com restrição de glúten por dois anos. Ao final deste período, constatou-se que 81% desses pacientes ganharam peso.
Isso significa que o importante para quem quer reduzir o peso não é isentar algum componente da sua alimentação, mas sim controlar o consumo dos alimentos de forma saudável.
Uma dica para quem quer emagrecer é fazer a substituição do carboidrato simples pelo carboidrato integral e reduzir as porções das refeições. Também é extremamente importante incluir na alimentação maior quantidade de frutas e verduras e não deixar de praticar exercícios físicos.
Lembre-se sempre: nenhum alimento em si engorda. Precisamos entender que a relação entre o quanto você ingere deste alimento e o quando você pratica exercícios é que ditam o peso final da balança.
Para ler a primeira parte deste texto sobre livrar-se do glúten ou não – clique aqui