por Ângelo Medina
O primeiro passo para trair alguém, é ter um relacionamento estável. O segundo é estar há pelo menos cinco anos neste relacionamento. O terceiro é a oportunidade para trair e o quarto é a superação do conflito: devo trair ou não?
Nesta entrevista ao Vya Estelar, o psicólogo Ailton Amélio, autor do livro, O Mapa do Amor, revela tudo o que você gostaria de saber sobre a traição.
Vya Estelar – Quem trai mais hoje em dia?
Ailton – Hoje homens e mulheres se igualam no quesito traição. Está tudo no meio a meio. Nos cinco primeiros anos de casamento, a tendência, em geral, é de não trair. Mas depois fica difícil segurar. No início, só se tem olhos para o ser amado. É o efeito novidade ou carne fresca. Mas esse amor amor não dura muito tempo, a obsessão pelo outro cessa, aí você começa a de desvencilhar e a olhar para o panorama à sua volta, olhar para o outro (a).
O ser humano é naturalmente poligâmico, 80% das culturas e não das pessoas tem isto. Uns 13 a 14% a monogamia. A poliandria (uma mulher com vários homens) é muito raro.
Hoje existe uma maior liberação sexual. As pessoas estão mais permissivas em relação ao sexo.
Vya Estelar – Quais são as vantagens e desvantagens da traição?
Ailton – O homem trai por causa do sexo e da perpetuação genética. O guinessbook contabiliza um homem com 800 filhos. Seria impossível ele amealhar essas quantidade de filhos com uma mulher só.
A mulher já trai com quem na prática poderia ter um envolvimento emocional o sexo, por si só, em geral, não seria um agente motivador.
Existem desvantagens também. A pessoa pode ser abandonada, maltratada, condenada socialmente. Antigamente, falava-se em legítima defesa da honra. Existe o arrependimento por parte de quem traiu. O traído pode transformar a vida do traidor num inferno por causa do ciúme.