Álcool e crack são as drogas mais utilizadas por pessoas acima dos 60 anos, indica estudo

Da Redação

O vício das drogas atinge principalmente os jovens com idades entre 17 e 35 anos. Entretanto, o índice de pessoas na terceira idade que estão se tornando dependentes químicos tem aumentado bastante.

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De acordo com uma pesquisa realizada com idosos que procuraram o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas, entre 1996 e 2009, em Ribeirão Preto, 86% deles são aposentados e usam respectivamente o crack, a cocaína e a maconha.

Mas o álcool ainda é a principal droga utilizada entre os idosos. Segundo um estudo realizado pela USP de Ribeirão Preto, a dependência do álcool faz parte da rotina de 8,2% dos idosos. Outra pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo apontou que 9,1% das pessoas com 60 anos ou mais são “bebedores pesados”, o equivalente a 88 mil idosos da capital.

O alcoolismo em pessoas acima dos 60 anos amplia em até oito vezes o desenvolvimento de doenças cognitivas como demência e Alzheimer. Além disso, pode trazer outras consequências como o aparecimento de doenças cardíacas (insuficiência, arritmias), gastrointestinais e hepáticas; e também de alguns tipos de câncer, quedas e aumento de pressão arterial.

“Muitos acabam se tornando dependentes químicos após o abandono dos familiares, perda de emprego ou até mesmo a solidão. Também é considerável a questão cultural da própria família. Avós e pais também podem trazer geneticamente a tendência para o vicio. Cada um encontra um motivo para entrar, mas não acha nenhum para sair do vício”, afirma a psicóloga Adriana Talarico.

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