por Patricia Davidson Haiat
No outono a temperatura cai, o clima ora fica mais úmido e ora fica mais seco e quente, intercalando com chuvas repentinas.
Com todas essas oscilações o corpo tem dificuldade de se adequar às temperaturas tão variadas e por isso o sistema imune fica sempre em alerta. Assim o corpo fica bem mais susceptível a quadro viróticos, gripes, resfriados e infecções, principalmente quando juntamos a má alimentação, estresse, sono ruim, exposição a substâncias estranhas ao nosso organismo como agrotóxicos, toxinas (liberadas de recipientes de plástico ou de alumínio), bebida alcoólica em excesso, fumo, refrigerantes, corantes, poluentes ambientais, dentre outros.
Nossas células de defesa estão em atividade constante para combater tantos agressores, até que haja uma redução dessas e consequentemente uma queda da imunidade.
Em primeiro lugar é preciso alertar que uma boa alimentação contribui bastante para a manutenção da imunidade. Deve-se dar preferência a alimentos orgânicos e frescos, ricos em vitaminas, minerais, fibras e alimentos que enriqueçam a imunidade amenizando os riscos de sua queda. Esses alimentos evitam que o corpo fique esgotado respondendo melhor aos estímulos do estresse e evitando infecções.
Em segundo lugar é preciso manter o corpo e o sistema imune equilibrado para continuar em forma no outono e inverno, estação que procuramos mais doces e gordura para manter a temperatura corporal. Então para isso, é fundamental acrescentar principalmente os alimentos imunomoduladores (controlam a resposta imune) na sua alimentação:
Fontes de vitamina C: ela é o carro-chefe para prevenir gripes. A vitamina C possui ação antioxidante, ajudando a combater radicais livres e fortalecendo o sistema defensivo, em especial fortalecendo os glóbulos brancos responsáveis por combater agentes infecciosos. Você pode encontrar vitamina C em diversos alimentos, mas principalmente na acerola, caju, limão , laranja, abacaxi, melão e hortaliças como agrião, espinafre, couve, brócolis, pimentão amarelo.
Vitaminas do complexo B: em especial a vitamina B6, encontrada na lentilha, arroz integral, aveia, semente de girassol, germe de trigo, banana, cereais integrais.
Carnes magras: São fontes de proteína e zinco. E são fundamentais por isso devem estar sempre presente nas principais refeições. Os peixes de águas frias e profundas são ricos em Omega 3, ácidos graxos que agem na imunomodulação, ou seja , controlam a resposta imune, diminuindo a inflamação.
Zinco: é um mineral muito importante que fortalece o sistema imunológico porque ajuda a sintetizar as células imunológicas. Ele representa uma ação de defesa contra os vírus, bactérias e fungos e são componentes de enzimas que ajudam na digestão e absorção dos nutrientes. As principais fontes de zinco são ostras, frutos do mar, carnes, peru, nozes, castanhas e semente de abóbora.
Selênio: mineral que age como antioxidante, juntamente com o zinco, encontrado no alho, cebola, milho, cereais integrais, quinoa, castanha-do-Pará e nozes.
Sementes: são importantes como fontes de antioxidantes, minerais e ácidos graxos que modulam o sistema imune. Os ácidos graxos poliinsaturados como ômega-6 e ômega-3 estão presentes na linhaça, sementes de gergelim , amêndoas, castanha-do-Pará . Um punhado de amêndoas pode ajudar seu sistema imune a diminuir os efeitos do estresse.
Temperos naturais e especiarias como alecrim, orégano, salsa, gengibre, etc no preparo de pratos, carnes e sucos. Os temperos não só ajudam no paladar mas vão muito além disso porque possuem propriedades ativas imunológicas e antioxidantes que dão uma forcinha na imunidade por conterem nutrientes que fortalecem o sistema imunológico.
Frutas vermelhas ou arroxeadas: são alimentos ricos em flavonoides com potencial anti-inflamatório e antioxidantes, importantes para manter o corpo e o sistema imune adequado. Estão presentes na uva ou suco de uva, framboesa, mirtilo, amora, ameixa, berinjela e açaí.
Deve-se afastar da alimentação no dia a dia alimentos e substâncias que promovam a queda imunológica. Exclua o consumo de alimentos industrializados que contenham aditivos químicos, açúcar, gorduras, farinha branca, corantes, refrigerantes, bebidas alcoólicas, alimentos que são mais contaminados com agrotóxicos como tomate, batata, morango, pimentão, uva e que podem levar a uma exaustão do nosso sistema imunológico porque esses alimentos sobrecarregam o sistema imunológico, deixando o corpo mais inflamado e desviando da sua principal função que é manter o organismo sempre saudável.
O glúten em especial (vale sempre um alerta para as pessoas intolerantes a ele) é uma proteína presente no trigo e outros cereais que tem sido muito discutido como um agressor do sistema imune. Por ser uma molécula de difícil digestão, o glúten em excesso leva à inflamação da mucosa intestinal, agindo como um agressor na resposta imune. Pode ser um dos causadores de baixa imunidade ou aparecimento de doenças autoimunes.
O glúten ainda pode contribuir para ganho de peso aos intolerantes e provocar sintomas indesejáveis com distensão abdominal, cólicas, estufamento, diarreia ou prisão de ventre, inchaço, compulsão alimentar, dentre outros sintomas que prejudicam muito na sua manutenção do peso.
Outros pontos que devem ser considerados para manter a saúde no dia a dia é procurar fazer sempre atividades físicas e atividades relacionadas ao relaxamento como ioga e alongamento.