Amor: por que as pessoas estão tão carentes?

por Tatiana Ades

Estamos numa época em que os relacionamentos sérios estão cada vez mais escassos.

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Isso tem gerado um estado de alerta, medo e carência excessiva em relação a mulheres e homens. Eles confidenciam que não conseguem estar sozinhos, mas que está quase impossível achar alguém que queira algo sério.

O que acontece quando estamos carentes e sem boa autoestima para lidarmos com nós mesmos e nossa solidão?

Acabamos buscando no outro, seja quem ele for, alguém que nos tire essa sensação de solidão.

Nesse contexto, as pessoas estão menos exigentes, para não dizer, nada exigentes com a busca pela pessoa certa.

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E quem representa a pessoa certa?

Depende de cada um.

Mas é essencial que o principal seja:

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– identificar o que se quer e não se quer em alguém;

– observar o outro antes de entrar em algo mais sério;

– verificar quem de fato essa pessoa é e se ela corresponde ao que busco e vice-versa.

Mas na pressa por ter alguém, as pessoas estão esquecendo o principal: filtrar, observar, esperar. Na verdade estão pulando etapas, não se importando como o outro seja.

É muito comum ouvirmos em consultório a seguinte afirmação:

– Ele(a) quer estar comigo, então não importa o resto, pois hoje em dia isso é o que importa.

Essa carência excessiva nos faz buscar um falso afeto, um afeto que não tem limites, regras e amor-próprio.

Bem-resolvidos

A pessoa que possui boa autoestima agirá da seguinte forma:

– seleciona e identifica o que busca no outro;

– não se importa em ficar sozinha até encontrar a pessoa correta;

– quando conhece alguém observa ao máximo se essa pessoa faz parte do que procura ou não;

– gosta que o outro tenha boa autoestima também.

O bem-resolvido pode levar mais tempo para achar sua “tampa da panela”, mas terá certamente menos probabilidades de sofrer e fracassar no amor.