por Eduardo Yabusaki
Trata-se de um tema de extrema importância, mas pouco refletido pelos pares em seus relacionamentos. Quando sentem falta de reciprocidade, sempre reclamam, mas pouco é feito para que isso não seja um problema.
As pessoas precisam ter certo cuidado quando esse assunto for abordado, pois às vezes confunde-se reciprocidade com condições iguais ou manifestações equivalentes. E ter reciprocidade não tem a ver com isso, mas sim com atitudes (manifestações de sentimentos) da outra parte que possam nos preencher.
É importante pensar que minhas atitudes de demonstração de carinho, afeto e amor, são minhas e têm as minhas características, portanto, não devo esperar que o meu par tenha as mesmas atitudes ou comportamentos. Ele terá as dele, com o seu jeito e características.
Porém, mesmo que as manifestações de um não sejam iguais em atitude e comportamento, não significa que não devam existir. Aliás, deve e é importante que ocorram, pois, manifestações de sentimentos entre as partes envolvidas num relacionamento devem ser mútuas e não uma estrada de mão única. Cada um do seu jeito, no seu tempo, no seu “volume” precisa manifestar que gosta, que quer bem, que tem atração, admiração, enfim sentimentos que nunca são demais e só constroem alicerces que consolidam a longevidade e felicidade das partes envolvidas.
Permanecer num relacionamento em que não haja minimamente reciprocidade, pode ser uma escolha condenada. Afinal, com o passar do tempo, essa falta se tornará insuportável. Portanto, gerará uma conta que mais tarde poderá ser cobrada muito mais alta. Assim sendo, não creio que seja uma boa escolha ou valha a pena permanecer sem demonstrações afetuosas e afetivas, que são essenciais para qualquer relacionamento. Então, avalie e pense bem.
E como saber se há reciprocidade?
Para saber se não há mesmo um mínimo de demonstração de sentimentos, por parte do seu par, pare e pense se no dia a dia não existe mesmo nenhuma situação em que o seu parceiro tenha pensado, dedicado ou feito algo exclusivamente para você; veja até mesmo as mínimas coisas, e que habitualmente, não observa ou valoriza. Por vezes, esperamos manifestações grandiosas ou específicas e deixamos de perceber pequenas coisas ou pequenos mimos. Cuidado, às vezes pecamos por esperar um grande bum, enquanto acontece um detalhe sutil que pode ser uma grande demonstração.
Enfim, se ainda assim estiver difícil chegar à reciprocidade, é importante que criem um canal de comunicação para falar sobre a sua falta ou expectativas de como cada um espera que sejam essas manifestações. Ninguém é obrigado a adivinhar nada. Por isso, o caminho é sempre a conversa e o esclarecimento. Falem, de modo amistoso, e sejam felizes em viver a vida a dois!
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.