Ao sair de uma relação abusiva, o que fazer para não entrar em outra?

E-mail enviado por uma leitora: 

“Eu me envolvo com pessoas que geralmente só querem me usar e são abusivas. Decidi parar de ficar com quem não me dá valor. Arrumei um cara que faz de tudo por mim, me trata como princesa, mas não sinto atração sexual e nem sinto prazer na cama. O que eu faço?” 

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Resposta: A grande dificuldade de perceber o momento de recusar repetir relações abusivas você alcançou. O que não é uma decisão fácil, posto que o abusador mostra um sentimento de posse sobre a pessoa abusada procurando fazer de tudo para afastá-la do convívio com os outros, tratando-a como fosse propriedade exclusiva dele. É preciso enfraquecer a vítima para dominá-la e colocá-la em uma relação de dependência. Ou seja, ele usa as fragilidades dela e ela faz o que ele deseja, por gostar dele. Assim, a visão de outras pessoas sobre os comportamentos abusivos que ela sofre fica afastada.

O risco de se continuar em relações abusivas     

Sem perceber o potencial destrutivo de uma pessoa na sua vida amorosa, a vítima se mantém na relação. Mas, se a história termina por qualquer outra circunstância, ela tende a fazer as próximas escolhas amorosas iguaizinhas a primeira.

No entanto, você já deu o primeiro passo para se libertar desse ciclo vicioso do relacionamento disfuncional. Beleza! Agora é preciso ter coragem para buscar ajuda psicoterapêutica. Ou seja, para você aprender mais sobre você mesma com as suas experiências passadas e entrar em contato com os seus sentimentos e motivações atuais sobre vida amorosa, para então reconhecer uma relação funcional, potencial e propícia para a conexão afetivo-sexual. Afinal, sempre é tempo de rever as escolhas e de seguir para novas etapas da vida, na direção desejada.

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Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.