Por Blenda de Oliveira
Não é infrequente que pessoas movidas por tantas paixões por si mesmas estejam sempre buscando ser reconhecidas, inclusive, quando pouco contribuem ou nada realizam.
Há um momento na vida em que já não se fazem coisas, buscando reconhecimento ou, pelo menos, só o reconhecimento.
As experiências, realizações, fracassos e sucessos, ao longo da vida, vão alicerçando a maturidade e modificando propósitos. Cada vez mais, para alguns, a necessidade avassaladora de reconhecimento dos outros — de elogios, de precisar ser visto e de ocupar o centro das atenções — dá lugar ao compromisso de fazer bem o que, antes de tudo, tem reais sentido e serventia. Essa motivação nasce de dentro, não requer barulho, tampouco, incessantes elogios.
Reconhecimento, sem dúvida, é importante e necessário para a ideia que fazemos de nós mesmos e para a imagem que outras pessoas consideradas importantes (por exemplo, no meio profissional) têm de nós. Isso se difere do afã exagerado — e, quem sabe?, pueril — por visibilidade recompensadora.
Aprender a RECONHECER-SE, sem necessariamente o aval de outras pessoas, é um dos pilares importantes da maturidade.