por Luiz Alberto Py
Um dos fenômenos mais interessantes da evolução das espécies consistiu no surgimento dos animais de sangue quente (aves e mamíferos), cientificamente chamados de homeotérmicos.
Esses seres são diferentes dos peixes e répteis, que são pecilotérmicos, ou animais de sangue frio.
A temperatura interna dos animais homeotérmicos não é alterada pela temperatura à sua volta. Ela pode variar de um frio intenso ao calor mais brutal sem que a temperatura do corpo se altere. Tal adaptação evolutiva permite que um animal possa viver em diferentes regiões do planeta, sem estar impedido pelas diferenças de temperatura, como ocorre com os habitantes mais antigos da terra.
As pessoas podem e devem ser emocionalmente "homeotérmicas", no que diz respeito à sua capacidade de conviver com as mais diferentes "temperaturas" externas.
Temos condições de nos manter inalterados mesmo quando em torno de nós se desencadeia uma tempestade afetiva, com intensos altos e baixos. Essa capacidade existe em cada um de nós e, aprimorada, assegura nossa sobrevivência mesmo nos piores momentos.
Quando tudo ao redor parece apontar para a destruição, ainda assim podemos ser capazes de nos conectar com a felicidade – esse regulador interno que mantém alta a nossa temperatura mesmo nos períodos mais gelados e tristes de nossa vida.
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