Achar um parceiro atualmente, mesmo com o advento dos apps de relacionamentos, não é uma tarefa fácil. Pelo menos, esta é uma grande queixa que existe nos consultórios.
Uma das dificuldades está relacionada à disparidade entre como as pessoas se apresentam nas redes sociais e como elas realmente são na realidade. Aquela velha história de que praticamente quase ninguém publica a sua pior foto, e sim pelo contrário.
Como os apps mudaram nossa forma relacionar
Os apps mudaram drasticamente a forma como nos relacionamentos amorosamente. Ao invés do indivíduo sair com potenciais parceiros, conhecê-los lentamente, e de forma espontânea, através da interação e socialização cara-a-cara, os supostos enamorados conversam e descrevem diversas informações sobre si através do chat e fotos. Numa concorrência desleal, parece vencer aquele julgado como mais bonito, com o corpo mais sarado, mais inteligente, que adora pets e crianças. Caso contrário, a conversa não prossegue.
No entanto, os apps trouxeram para os relacionamentos amorosos alguns exageros. Se o outro não me agrada e não preenche os critérios amorosos previamente delimitados, simplesmente bloqueio. Logo, cada vez mais as pessoas parecem ter que maquiar quem elas realmente são.
Ser imperfeito não parece estar na moda, definitivamente. De fato, parece que não estamos aptos a lidar com os nossos próprios defeitos, os quais podem estar espelhados no “meu futuro ex- parceiro”.
Seguindo esta linha de raciocínio, como vou aturar as imperfeições do meu parceiro, se nem mesmo consigo lidar com minhas próprias limitações?
O que é preciso para se ter um relacionamento saudável?
A sugestão é que para ter um relacionamento saudável, aquele clichê de que devemos nos amar primeiro é verdadeiro. Depois, ser sincero. Até nos programas de televisão daqueles onde fica-se espionando é “comum as máscaras caírem” após curto período, quiçá na vida real na qual, supostamente, temos mais liberdade.