Até onde é permitida a proximidade entre paciente e terapeuta?

por Eduardo Ferreira Santos

Gostaria de saber se a paciente pode almoçar com o terapeuta e se o mesmo pode pedir para abraçá-la e colocar músicas tipo Borbulhas de Amor de Fagner durante a sessão para ela ouvir. “A principal característica dessa relação é que ela se baseia no princípio de que o foco seja o tratamento do paciente e não os desejos do terapeuta”

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Resposta: A relação terapeuta-cliente impõe uma série de exigências, por mais “aberta” que seja a linha seguida pelo terapeuta.

A principal característica dessa relação é que ela se baseia no princípio de que o foco seja o tratamento do paciente e não os desejos do terapeuta.

É uma relação “verticalizada”, isto é, os papéis são bem claros em que um (o terapeuta) é o CUIDADOR e o outro (o cliente) o CUIDADO, como em qualquer relação pai-filho, professor-aluno, médico-paciente.

Em certas linhas de psicoterapia é possível a aproximação do terapeuta, como abraçar ao cumprimentar o paciente, efetuar massagem terapêutica, fornecer informações pessoais, trocar experiências, mas é IMPORTANTÍSSIMO evitar qualquer tipo de ABUSO, particularmente quando envolve questões sexuais.

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Acredito, também, que o “setting” terapêutico (sala de consultas) deva ser preservado, de modo que almoçar com o paciente, fora desse setting é algo muito estranho!

De qualquer maneira, cabe ao cliente perceber se a conduta do terapeuta é inadequada e, até mesmo, denunciá-lo ao Conselho responsável, de acordo com sua área de atuação, se for o caso.

 

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