Até que idade é seguro engravidar?

Da Redação
 
Ivete Sangalo, 45 anos, completa 25 anos de carreira e pega fãs de surpresa ao anunciar que espera filhos gêmeos. É cada vez mais comum a opção pela maternidade tardia. O que muitas não sabem é que esse tipo de gestação pode oferecer alguns riscos e exige uma série de cuidados. A ginecologista e obstetra Lícia Kércia explica por que se deve ter mais atenção a uma gestação nessa altura da vida.
 
De acordo com a especialista, não há problemas em engravidar mais tarde. Porém, diante dessa escolha, a atenção com a saúde deve ser redobrada, alerta ela: “Muitas mulheres têm deixado para engravidar quando já estão estabilizadas na carreira, aí passam dos 30, outras até dos 40 quando decidem ter o primeiro filho. Se por um lado profissionalmente isso é bom, por outro é importante ter um acompanhamento médico antes e depois de engravidar”.
 
Os avanços na medicina ajudam as mulheres que optam por engravidar mais tarde. No entanto, o sistema reprodutor feminino também envelhece com o avançar da idade, o que pode dificultar a concretização de uma gravidez tardia e também aumenta os riscos de o bebê desenvolver alguma síndrome – quanto mais jovem é a mulher, menor é esse risco.

Idade mais fértil 
 
Entre os 20 e 30 anos de idade é a fase da vida em que a mulher é mais fértil e também está mais propícia para ter uma gravidez tranquila e saudável. Não existe um prazo limite para a mulher ter uma gestação, mas os óvulos envelhecem como qualquer outra célula do corpo. Então, quanto maior a idade, menor a qualidade e quantidade de óvulos. Por isso, o ideal é que a mulher com mais de 35 anos tenha um acompanhamento próximo antes mesmo de engravidar, para que essa análise seja feita e qualquer risco seja imediatamente identificado.
 
O risco de aborto, parto prematuro e desenvolvimento de síndromes, como a de Down, e doenças, como hipertensão e diabete, são algumas das principais complicações que podem acontecer na gravidez tardia, caracterizada após os 35 anos. A obstetra indica que as mulheres que desejam engravidar nessa faixa etária passem por um exame para avaliação da reserva ovariana. “Esses exames nos ajudam a avaliar a qualidade da reserva de óvulos da mulher e a prever se tem um risco maior de complicações ou não”, pontua.
 
Entre os principais exames a serem realizados, estão o hormônio folículo-estimulante (FSH), a ultrassonografia e o hormônio antimulleriano, que mostra ao médico o estoque de células germinativas e a qualidade dos óvulos estocados – a recomendação é que a futura mamãe sempre busque um especialista para melhor acompanhamento durante a gestação.

Continua após publicidade

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico e não se caracteriza como sendo um atendimento.