por Margareth dos Reis
Resposta: Em relação à sua pergunta podemos afirmar que o cansaço (seja mental e/ou físico) é apontado como um fator de risco para o desenvolvimento da insatisfação na vida íntima dos casais.
A disposição para o sexo pode ficar comprometida sempre que as condições de vida não favorecem o envolvimento com o prazer. Ou seja, a probabilidade de que uma pessoa que esteja atravessando um período de preocupações (com trabalho, problemas de saúde, conflitos conjugais, dinheiro, etc.) experimente um intenso desgaste emocional e comece a se afastar das interações sexuais não é incomum. Até porque o desejo de buscar uma situação de intimidade pode ficar inibido se a mente ficar totalmente focada nos problemas que a preocupam.
Por isso, é importante avaliar mais detalhamente qualquer mudança que prejudique a vida sexual de uma pessoa, mesmo quando existem causas presentes no dia a dia que podem consumir mais energia (física e/ou mental) do que ela costumava gastar antes.
A resposta sexual satisfatória pode coexistir com períodos mais extenuantes da vida, desde que o casal consiga reconhecer os fatores estressores e encontrar um espaço para dar uma trégua para os enfrentamentos difíceis da vida, buscando um no outro, o conforto necessário para promover situações a dois gratificantes. Assim, qualquer tipo de cansaço (seja da mulher ou do homem) deve ser melhor avaliado (tanto do ponto de vista físico quanto emocional) e suas causas compreendidas para que possam ser contornadas antes que o quadro se torne crônico e devastador para a qualidade de vida individual e do casal.