por Nicole Witek
Dizem que os estudantes que praticam uma atividade física obtêm melhores resultados nas provas. Podemos dizer que uma boa circulação sanguínea e uma maior oxigenação do sangue garantem uma ótima saúde e, consequentemente, um desempenho melhor na hora dos exames.
É preciso também acrescentar (o que já sabemos há muito tempo) que nosso cérebro é um grande consumidor de oxigênio. Mesmo sendo um órgão pequeno (ocupa só 2% do peso do corpo e tem 1,3kg em média) ele consome 20% do oxigênio que respiramos.
Certos estudos mostraram também que terapias físicas para pessoas que tiveram acidentes cerebrais, apresentaram bons resultados: o exercício físico permite – em certos casos – que o cérebro encontre novas vias neurais que irão substituir as que foram danificadas.
Vamos supor que meu cérebro esteja funcionando razoavelmente bem, ou seja, normalmente. Neste caso, uma função respiratória melhorada só me trará lucro. Um fim de semana passado na praia me dará a dosagem de combustível necessária para voltar com força total ao serviço na segunda-feira, com os meus neurônios, vorazes em oxigênio, devidamente alimentados. Estou a salvo! Estou garantindo a saúde dos meus neurônios.
Mas não tem só isso, não! Existe algo a mais que meu maravilhoso cérebro. Existe o seu misterioso prolongamento, que é a medula espinhal. É nesse lugar que estão 'transitando' todas as informações, sejam elas vindas do mundo externo ou interno. Se meus gestos são reflexos, rotineiros ou voluntários, – tudo por ela 'transita', antes de 'chegar ou partir' do sistema nervoso central. Aqui está a minha 'estrada da informação' onde tudo passa pela medula espinhal, em uma rua de mão dupla: de fora para dentro, de dentro para fora, transmitindo informações sensoriais e motoras.
Há também outras vias de comunicação, de um outro sistema, que dia e noite me vigia e protege: o sistema nervoso vegetativo e suas duas redes: simpática e parassimpática. Esse sistema é encarregado da minha vida vegetativa ou autônoma como, por exemplo, a função digestiva. Esses dois sistemas correspondem aos comandos 'on/off'. O sistema simpático apronta nossa fisiologia para ação, o sistema parassimpático leva a calma de volta.
O lugar onde se juntam todas essas informações é a coluna vertebral. Cada modificação do formato da coluna, como postura errada prolongada, por exemplo, irá modificando o 'trânsito' e a 'circulação' das informações e terá efeito, modificando as atividades voluntárias e autônomas, alterando a saúde.
Uma coluna vertebral fragilizada pode resultar em compressão de nervo, discopatia, desconforto e dor. Os alongamentos vão esticar, não só os músculos, como os nervos e terão efeitos sobre o sistema vegetativo como um todo. No Hatha Yoga, os asanas ou posturas, trabalham principalmente os músculos em alongamento. Os asanas dão força e flexibilidade preservando a saúde da coluna vertebral.
Será que o exercício físico me faz mais inteligente? Você já conhece a resposta: é evidente que sim! Não é uma inteligência intelectual, mas uma inteligência funcional. Ou seja, possibilidade de se adequar com agilidade fisica e flexibilidade mental e emocional às situações que a vida nos apresenta. A coluna vertebral e a 'auto-estrada' para a circulação de todas essas informacões! O exercício físico e, principalmente os alongamentos, vão permitir uma integração melhor entre o mundo de fora – todas as informacões que vêm do nosso meio ambiente pelos sentidos e o mundo dentro nós – as sensacoes internas, as emocoes, os pensamentos que nos levam a nos relacionar com o meio social, a atuar e interagir com os outros
Uma melhor circulação das informações liberadas significa um melhor desempenho em todos os assuntos da vida. Quer mais inteligência?
Então faça exercício físico… Que tal o yoga?