Por Lilian Graziano
Às vezes o cotidiano cheio de afazeres nos relega a um vazio que nos impede o alcance da tão almejada felicidade. Podemos descobrir que, mesmo sem questões sérias a enfrentar, temos muito trabalho para efetivamente sermos felizes.
Mas o que é felicidade? Pela enfoque da Psicologia Positiva, podemos entender a felicidade não como a ausência de problemas, mas sim como um balanço que o indivíduo faz de sua vida incluindo: experiências emocionais agradáveis, baixos índices de humores negativos e alta satisfação com a vida.
Sendo assim, devemos avaliar nossa vida nos últimos seis meses, por exemplo, buscando identificar qual o nosso padrão emocional. Na maioria das vezes sentimos emoções positivas e apenas às vezes as emoções negativas tais como medo, raiva, tristeza, frutos dos problemas cotidianos. Nesse caso, a experiência das emoções negativas pode não chegar a comprometer os níveis de felicidade.
Mas e quando ocorre o oposto, e o que predomina na vida da pessoa são exatamente as emoções negativas?
Nesse caso, é quase impossível se dizer feliz. O interessante nessa história, é que a abordagem científica faz pela felicidade o que a visão do senso comum jamais conseguiu: tirá-la da dimensão utópica. Para a Ciência é possível que se seja feliz apesar dos problemas. Esses continuarão existindo e a pessoa feliz, ao contrário do que muitos imaginam, continuará a identificá-los como tais e sofrerá com suas eventuais consequências. No entanto, o enfrentamento desses problemas será muito mais fácil em função do predomínio das chamadas emoções positivas.
Mas tudo isso é um processo que, embora não seja complexo, deve ser orientado adequadamente. “É uma questão de educar o nosso funcionamento para enxergar e desenvolver nossas virtudes e competências”, explica a psicóloga.
O que é a psicologia positiva?
No final da década de 90 cientistas de alguns dos maiores centros de estudos em sicologia da atualidade, tais como os das universidades de Harvard, Yale, Pennsylvania e Michigan, reuniram-se com o objetivo de compreender melhor os caminhos que levariam o ser humano à felicidade. Assim nascia a Psicologia Positiva (PP). Comprometida com o estudo científico das potencialidades humanas, a Psicologia Positiva agrega ao clássico papel curativo da psicologia convencional, também um caráter preventivo, essencial quando pensamos em qualidade de vida.