por Rosemeire Zago
Após um certo período afastada do Vya Estelar, onde atuei por quase 10 anos ininterruptos, retorno com muita alegria a escrever e partilhar com cada um de vocês meus estudos, tempo, experiência, dedicação e, acima de tudo, meu amor. Agora volto com uma nova coluna chamada Ser Feliz.
E para que juntos continuemos a refletir sobre assuntos relacionados à psique (mente), psicologia, muitas vezes deixados de lado, mas que sabemos da importância de parar e (re)pensar a vida, as situações pelas quais passamos, as escolhas, os sentimentos e relacionamentos, com o intuito de elevar nosso autoconhecimento e com ele elevar também nossa autoestima e o amor por nós mesmos.
Muitas vezes temos a nítida sensação que fazemos tudo errado, e tendemos a recuar, mudar o caminho.
Mas será que é errado mesmo ou é apenas o julgamento e a opinião de outras pessoas que possuem valores diferentes dos nossos?
Mas por que permitimos que algumas pessoas invadam nossa vida e com suas críticas nos coloquem para baixo?
Por que insistimos em permanecer em nossa zona de conforto, temendo mudanças e todo o desconhecido que traz?
Por que continuamos em situações que nos faz sofrer, nos entristece e angustia?
Sim, as perguntas são muitas, mas não estou aqui para dar as respostas, pois mesmo que as tivesse, seriam as minhas respostas, e a intenção de toda reflexão e questionamento é que cada um encontre as suas próprias.
Claro, é um pouco mais trabalhoso, requer tempo, persistência, confronto com dores reprimidas, e muita, muita coragem. Mas quando as encontramos, a sensação é de que somos capazes, e assim não “terceirizamos” o que compete a nós.
Você sabe quais são as mudanças que gostaria de fazer em sua vida? Em seu modo de agir e reagir? O que o impede? E qual caminho gostaria de retornar?
Sim, muitas vezes desejamos não termos deixado um caminho, um trabalho, a pessoa amada, mas por medo, vergonha, orgulho, resistimos e não voltamos. Quanto tempo tem se dedicado a pensar sobre isso? Estamos falando de sua vida, seus sentimentos, seus desejos e vontades. Sim, concordo que muitos têm um passado doloroso e um presente determinado por esse passado, mas como construir um novo amanhã se não começar hoje? Nada de esperar que alguém mude, faça como você gostaria que fosse feito. Identifique tudo, mas tudo mesmo que está lhe causando preocupação, aborrecimento, tristeza, angústia, e reflita o que efetivamente depende de você. Em muitas situações somos impotentes, ou muitas vezes a própria pessoa que tanto nos preocupamos não deseja mudar. Sim, você pode apoiar as pessoas, mas não pode decidir nada por elas, o que nos leva a concluir que algumas preocupações não nos levarão a lugar algum.
O que mais está lhe causando dor, seja física ou emocional? Está doente? O que lhe causou esses sintomas? Já pensou o que estava acontecendo em sua vida quando começaram? Já relacionou seus sintomas físicos com suas emoções? Quanta pergunta!!! É, autoconhecimento exige questionamentos, e são esses em geral, que nos conduz às mudanças, e para que aconteçam é necessário acima de tudo flexibilidade. O quanto tem sido rígido consigo mesmo e com outras pessoas? Pense, reflita, questione, mude, retome caminhos, comece novos. Só não fique parado vendo a vida passar, afinal ela passa muito rápido, e geralmente só nos damos conta disso quando estamos no final, mas ainda assim, sempre há tempo de levantar e (re)começar, independente de quantas vezes tenhamos caído, e também não importa a idade, esteja você com 25, 30, 40, 55, 80 anos ou mais.
O que importa mesmo é termos consciência que nossa vida depende de nós, e de mais ninguém. Não permaneça em sua rigidez, orgulho, vaidade, preconceito, ou o que for que o impede de mudar, você sabe que isso tudo são apenas máscaras que encobrem uma necessidade enorme de reconhecimento, aprovação, carinho, afeto e amor. Mas antes de pensar em reconsiderar e fazer as pazes com pessoas e/ou situações, faça as pazes consigo mesmo. Pare de ser seu maior inimigo e comece a ser mais afetuoso, carinhoso e compreensivo com você! Lembre-se de que nada adianta querer mudar o mundo, o país, a cidade, o bairro, a família, uma pessoa, se não começarmos por nós mesmos!