por Arlete Gavranic
Aprender a namorar e a alimentar o vínculo é muito importante para se criar uma intimidade Quantos casais que, apesar de há muito tempo juntos, têm muito pouca intimidade? Namorar, morar junto ou manter relações sexuais não é termômetro de intimidade na hora do sexo.
Intimidade ou relação íntima é uma relação de qualidade, profunda, afetiva e amiga. Indica conhecer o outro e se deixar conhecer, seu gosto, seu humor, seus desejos e prazeres.
Muitas pessoas agora devem estar se perguntando. Será que conheço o meu parceiro? E sexualmente? E ele, será que me conhece?
Para promover esse conhecimento e intimidade na vida a dois é importante que as duas pessoas estejam disponíveis e interessadas em conhecer e desfrutar do prazer de estarem juntas, observar as atitudes e gestos do outro no dia a dia.
É importante que a aproximação do casal possa acontecer sem a cobrança de ter que finalizar em uma relação sexual.
“Aprender a namorar e a alimentar o vínculo é muito importante para se criar uma intimidade”, é o que diz o urologista Celso Marzano, diretor do Instituto Brasileiro de Sexologia e Psicossomática.
Kama Sutra
Conhecer o corpo do outro, o jeito que o outro gosta de ser tocado e suas zonas mais erógenas é uma arte. Segundo o Kama Sutra, – manual indiano do sexo, da arte da sedução – nosso corpo apresenta por volta de quatrocentas zonas erógenas que a maioria desconhece.
Isso porque não aprenderam a viver o corpo com liberdade e desfrutar do prazer das carícias, esperando do sexo genital o prazer final, como se o orgasmo fosse a única fonte de prazer.
Receitas do prazer: banho a dois, óleo, hidratante e os cinco sentidos
Para conhecer o corpo do seu parceiro um bom ponto de partida seria um banho a dois. No banho, acaricie cada parte do corpo, sentindo a água escorrendo.
Logo após, passe um óleo ou se preferirem, um hidratante pelo corpo testando a pressão que mais agrada no toque. Não tenham receio de sentir mútuos prazeres nessa “trilha corporal’ de descoberta, experimentem fazer esse ‘exercício’ dando dicas um ao outro do tipo de toque e das regiões mais prazerosas.
Cinco sentidos
Nos momentos íntimos, aprenda a usar os cinco sentidos, olhe, toque o corpo inteiro, sinta o cheiro, o sabor, preste atenção, ouça a respiração do outro – mais relaxada ou mais ofegante e permita-se observar as mudanças no corpo do outro. Isso pode ajudar a reconhecer quando estão excitados, pois uma das características é que o corpo do homem e da mulher ficam com um rubor específico, na região das coxas, peito, pescoço e face, é o que chamamos de ‘flush’ sexual.
A tensão corporal nas regiões de coxas, abdome e quadril também se tonificam na excitação. No homem a ereção é bem mais visível, mas na mulher a mama também fica túrgida e o mamilo fica eriçado.
Uma relação de intimidade é construída no dia a dia, na disponibilidade de estar com o outro e no cuidado pessoal para estar junto do outro, independente de ser um encontro sexual.
Estar atento aos cuidados pessoais é um detalhe muito importante. Aliás, você sempre se prepara para estar junto do outro, independente da possibilidade de ter sexo? Isso mesmo, você trata com zelo da sua higiene pessoal e cuida com carinho da sua aparência, do seu figurino?
Todos esses cuidados são a base para se desenvolver uma relação de intimidade. Pense nisso e invista na sua possibilidade de viver uma relação mais profunda e de maior qualidade.