Automutilação: como identificar se uma pessoa passa por esse problema e como ajudá-la

Da Redação

Existem alguns comportamentos que podem indicar a prática de automutilação. Dentre eles, o hábito de vestir calças e blusas de manga compridas mesmo durante o calor e o aparecimento de lesões e cicatrizes sem causa aparente.

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Alterações psicossociais também podem ser um indício. É importante observar a preferência por isolamento social, cenários de impulsividade, irritabilidade, autocrítica exacerbada, transtornos alimentares e diminuição da higiene pessoal.

Publicado pela Editora Manole, em 2015, o livro "Psiquiatria, Saúde Mental e a Clínica da Impulsividade" retrata que existem 6 perguntas imprescindíveis que auxiliam durante a investigação.

1. Alguma vez você se cortou ou fez vários pequenos cortes na sua pele?
2. Alguma vez você se feriu de alguma forma e desejou esse ferimento?
3. Quando fez alguns dos atos, você estava tentando se matar?
4. Você sente algum tipo de alívio quando provoca esses ferimentos?
5. Você costuma ter esse tipo de comportamento diante das pessoas com quem convive?
6. Quanto tempo você gasta pensando em fazer esse ato antes de realmente executá-lo?

Como ajudar a pessoa que passa por uma fase de automutilação?

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A primeira conduta a ser seguida é criar um ambiente acolhedor, considerando a individualidade de cada um, sem negligenciar suas dores psicológicas.

A partir daí, é essencial analisar e estabelecer uma relação de confiança e afetividade, buscando dialogar continuamente. É importante, também, tentar mostrar que existem outros meios de solucionar os problemas que não sejam por automutilação.

Uma grande aliada do tratamento é a terapia cognitivo-comportamental, que permite identificar e tratar os motivos que levam a essa prática. Desse modo, o apoio profissional auxilia a pessoa a ser capaz de descobrir alternativas saudáveis para resolver suas perturbações.

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Dependendo do caso, medicamentos também podem ajudar a diminuir ou cessar os episódios de autolesão. O uso adequado deve ser acompanhando de uma equipe de saúde com médico psiquiatra e associado à psicoterapia.

A automutilação traduz um grande sofrimento das pessoas que a praticam e, à medida que elas são acolhidas, ouvidas e orientadas a externar suas preocupações, conseguem se enxergar mais seguras e confiantes. A família tem papel mais do que fundamental nessa jornada e também deve buscar apoio psicológico, quando possível.

Agora que você compreendeu como identificar e ajudar pessoas que estão passando por uma fase de automutilação, saiba como identificar se seu filho está triste ou deprimido!

Fonte: Dr. Caio Macedo Athayde Bonadio  médico psiquiatra

Para ler o texto anterior – Automutilação: alívio e controle das emoções – clique aqui

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra e não se caracteriza como sendo um atendimento.