Por Celso da Silva
Abordarei hoje um tema ambíguo, mas presente no visagismo (saiba mais):a representatividade. Trata-se da necessidade que o indivíduo possui de ter algo ou alguém que o represente.
O desejo de se mirar em algum modo de representatividade pode ser expresso de diversas maneiras: pertencer a um local ou status social alinhados a características raciais, de gênero e idade.
Há pouco tempo observei o relato de uma jovem atriz negra em uma competição de dança em um programa de TV, e a mesma sinalizou que em seu tempo de criança, não havia uma princesa negra. E que naquele momento, ela vestida como tal, poderia ser a referência para muitas meninas negras naquele momento.
A representatividade eleva a autoestima, pois incentiva o empoderamento e a possibilidade de conquista, pelo que se é como pessoa.
Não basta apenas a identificação e a ascensão de um ser semelhante; a representatividade atrela valores, ética e comportamento. Podemos ter várias referências e representações. Mas a melhor é sermos sempre nós mesmos, com possibilidade de construir nossas próprias conquistas.
Isso se dá através do aprimoramento da nossa personalidade e a através da imagem que transmitimos aos outros – esta é relativa, pois cada um pode nos ver de uma forma.
A permanência dessa consciência denota o valor de podermos atingir o grau de satisfação pessoal, independente de diretrizes, caracterizando o que chamamos de individualidade.
Mas sabemos que este caminho é longo, pois nos equivocamos muito quanto às referências que tomamos para nós durante nosso percurso. E muitas vezes o amadurecimento nos atrela à certeza de que o menos significa muito.