por Blenda de Oliveira
Depoimento de uma leitora:
“Morei com minha avó e minha tia até os vinte e um anos. Sou muito grata por tudo que fizeram por mim. Mas pra elas ser grata é dar dinheiro ou qualquer ajuda financeira. Dizer somente obrigado não basta e por isso acabo sendo uma pessoa ingrata para elas. Eu não concordo com isso, por isso me isolo, nem as visito mais… Eu estou agindo errado? Não sei como mostrar que sou grata por tudo.”
Resposta: Bom, parece que há uma divergência enorme entre vocês quanto ao conceito de gratidão. Não sei se terá muito sucesso, tentando modificá-las ou afastando-se. Considere a possibilidade de um meio do caminho.
Como tem uma história importante com elas, talvez, fosse interessante visitá-las de vez em quando. Leve algo material e simples, nada que tenha muito que se preocupar. Se pedirem dinheiro ou reclamarem, não se prenda à reclamação. Ouça e afirme para você mesma que está fazendo sua parte e do melhor jeito. Fique um pouco e vá embora.
Afastar-se completamente pode lhe trazer sentimentos de confirmação que é ingrata, além de culpas desnecessárias. Há coisas que quanto mais nos afastamos, mais próximos e dependentes estaremos delas.
Para que siga sua vida com tranquilidade, sem essas pendências, reflita sobre maneiras menos radicais de lidar com essa situação. Não se trata de certo ou errado, nem se trata do que é melhor para sua avó ou tia, mas o que é bom para você.
Boa sorte.
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.