Uma forma de harmonizar o bom senso com o senso comum é perceber a existência de duas realidades, uma interna (espiritual) e outra externa (material).
É preciso saber lidar com esses dois grandes desafios, o senso comum e a opinião pública. Um encaminhamento interessante para isso é desenvolver o bom senso, também conhecido como discernimento. Sem o bom senso a vida é desastre (des – astros), e, portanto, desencontro com os astros e seus tempos.
Bom senso e senso comum: como harmonizá-los?
Uma forma de equacionar esse desencontro é perceber a existência de duas realidades, uma interna (espiritual) e outra externa (material).
Do mesmo modo que respiramos para dentro e para fora, podemos habitar esses dois mundos estabelecendo o melhor fluxo possível entre eles. Na falta de ar que o mundo externo oferece, inspirar o ar do mundo interno para lembrar de si. Na necessidade de aferir a coerência pessoal das teorias internas, inspirar o ar do mundo externo das experiências e observar nos fatos do mundo concreto o que somos capazes de plasmar a partir dessas teorias.
Espírito é uma palavra latina que significa sopro. É nesse sopro que a vida se escreve e que os dois mundos se encontram. Todo processo de troca, do ponto de vista astrológico, é um processo mercurial, seja no endotélio, nos pulmões, nos intestinos ou nos encontros pessoais. É preciso ser poroso, permeável, flexível e disponível para que trocas ocorram. Conhecer mercúrio e suas relações celestes é um caminho para conhecer os limites da razão e quanto de irracionalidade ainda precisa ser transmutada em discernimento.
Na medida em que desconheço minha natureza mercurial meus encontros e trocas tendem a desastres e desencontros e, na medida oposta eu me encontro. Como estão suas trocas e relações?