por Marta Relvas
A neurociência moderna nos diz que as emoções de fato percorrem não apenas a mente, mas também o corpo.
O estilo emocional afeta nosso sentimento sobre nós mesmos e as pessoas ao nosso redor, nosso comportamento, nossa suscetibilidade ao estresse, nossas funções cognitivas e nossa vulnerabilidade e determinados transtornos psiquiátricos, afetando a saúde física, tendo como consequências alterações: sociológicas, imunológicas, cardiovascular, gastrointestinal e endócrina. Pode-se dizer que a emoção influencia o indivíduo de uma forma geral.
Sentimentos e pensamentos originam-se no cérebro, e literalmente, saem da substância cinzenta e “desembocam” no corpo, através dos impulsos nervosos das sinapses – passagem do impulso elétrico e químico entre os neurônios.
A emoção é considerada tanto física quanto mental, ou seja, a comunicação é bidirecional.
A neurociência vem contribuindo com estudos que demonstram: pessoas felizes têm resultados mais satisfatórios numa série de parâmetros de saúde, como a capacidade de combater as doenças, tanto no aspecto físico quanto no mental.
As emoções positivas também podem atuar de forma mais direta sobre a fisiologia, reduzindo nos níveis sanguíneos a produção dos hormônios adrenalina e noradrenalina, estes responsáveis pela raiva, luta ou fuga e mau humor.
A comunicação entre a mente e o corpo é bidirecional, não apenas em um nível simplista. O cérebro de fato utiliza sinais enviados pelo corpo para realizar o processamento básico de informações.
Dessa forma, conhecer o “estilo emocional” de um indivíduo pode ser muito importante, pois, este circuito do corpo para o cérebro provoca mudanças no nosso padrão comportamental e afeta o modo como a mente processa essas informações emocionais, e de que maneira o corpo responde a esses estímulos.
As nossas emoções podem ter vários aspectos, podendo ser considerada:
– proativo ou vítima;
– atento ou desligado;
– observador ou desnorteador.
Importante entender é que todos os indivíduos têm um pouco de cada “estilo emocional”, e o que muda é como cada pessoa apropria-se de cada “estilo” para uma efetiva mudança no dia a dia.