por Roberto Goldkorn
Os meios de comunicação adoram veicular as figuras de caçadores de charlatães, os mágicos de auditório que se especialisam em desmascarar falsos videntes e “supostos” paranormais etc. Veja mais no texto anterior (clique aqui).
Enquanto isso pesquisadores sérios se debruçam sobre as evidências dos fenômenos psíquicos e tecem teorias que podem explicar o que os olhos desses outros “especialistas” veem e não conseguem processar.
Um desses estudiosos mais sérios e (um dos meus preferidos) é o biólogo e bioquímico Rupert Sheldrake. Sua teoria é a de que o Universo se forma e evolui assentado em leis próprias, mas principalmente por fôrmas invisíveis criadas pelo hábito. A essas fôrmas ele deu o nome de Campos Morfogenéticos ou Campos-M. Ele teorisa dizendo que “todos os sistemas vivos são regulados não apenas pelas energias e fatores físicos conhecidos, mas por campos de energia invisíveis organizadores.” (citado por Lee Pulos em Miracles and Other Realities, 1990, Vancouver, Omega Press). Ele continua dizendo que não possuem massa ou energia, mas atuam através do espaço-tempo servindo de molde para todas as formas e comportamentos.
Não vou entupir meus leitores com os inúmeros exemplos de Campos do tipo Fôrma criados e depois servindo de molde para comportamentos e programas. O fato é que essa pode ser uma boa solução para o “problema” do Carma. Muitas pessoas percebem intuitivamente a mão do Carma quando veem pessoas repetindo os comportamentos de seus antepassados que nem sequer conheceram – e dizem: “isso só pode ser Carma!”. Esse fenômeno ao qual Freud apenas tangenciou chamando de “neurose do destino”- quando alguém repete alguma situação ainda que dramática: no caso ele citou uma moça que ficou noiva três vezes e seus três noivos morreram de causas naturais antes de se casarem. Isso pode ser explicado pela teoria dos Campos M.
Quando faço o cálculo do número do Desafio de alguém (baseado na soma dos dígitos da data de nascimento) e descrevo o que os números dizem, invariavelmente ouço : “esse ou essa sou eu!”. Claro que não são os números que geram esses padrões reconhecidos – eles são apenas os mensageiros. Meus clientes e amigos certamente se reconhecem na descrição que faço ao “ler” os números porque esses representam os campos morfogenéticos criados por eles numa vida anterior e dentro dos quais irão se esforçar por se inserir.
Os Campos M podem servir como “buracos de minhoca” (termos usado para explicar fenômenos cosmológicos na moderna astrofísica) para explicar fenômenos como teletransportação, materialização, desmaterialização, e outros que por não poderem ser explicados pela ciência convencional são simplesmente descartados como “truques”, que “podem ser reproduzidos em auditório”.
Sheldrake faz uma comparação fanstástica para “explicar” o ceticismo moderno (leia-se ignorância) diante do “sobrenatural”. Ele diz o seguinte, se pudéssemos mostrar um aparelho de TV a um homem do século XIX, em primeiro lugar ele vai achar que pessoinhas encolhidas estão dentro da “caixa”. Depois de verificar que existem apenas fios, transistores e chips, ele vai descartar a sua primeira versão e se convencer que tudo é produzido dentro da “caixa”. Sua convicção se tornará mais inquestionável quando ele perceber que se mexer num fio ou em algum chip a TV vai pifar, ficar sem som ou sem cor, etc. Por mais que nos esforcemos, não vamos conseguir convencê-lo de que aquela imagem foi gerada a milhares de quilômetros de distância e viaja pelo espaço em ondas invisíveis até se “materializar” na tela da TV.
É claro que entendo a falta de conhecimento e a mente inquiridora desses seres rasos que se propõem a desmontar a casa do sobrenatural. Certamente nunca ouviram falar das pesquisas dos grandes cientistas que buscam com honestidade e sacrifício respostas para o que comprovadamente desafia a nossa cultura materialista. Mas eles também têm o seu papel e a sua importância ao fechar algumas portas aos malucos e farsantes que sempre rondam esses e outros assuntos.
Recentemente conversei com uma cliente que me confessou estar com imensa dificuldade de mudar sua assinatura no processo que chamo de “Cura da Assinatura”, da Grafologia Arquetípica. Pedi que insistisse, conhecendo e acreditando na teoria dos Campos M, entendo que a fôrma dela agregada a comportamentos negativos, porém muito arraigados, deve estar se esforçando para não ser destruida. Mas assim que pela insistência e repetição conseguir uma nova e curada assinatura, criará um novo e mais saudável Campo M.