por Flávio Gikovate
O mais poderoso sinal exterior de riqueza – “Ao circular com um carrão por aí, você projeta uma série de significados que esse carro representa: poder, prestígio, sucesso, competência para a acumulação de riquezas…”
Não basta à vaidade ter riquezas; é necessário que se encontrem os meios de exibi-la, para que elas despertem o olhar de admiração. É necessário que se criem mercadorias de grande valor: símbolos de riqueza que provoquem impacto.
Atrairá a atenção quem possuir casas muito grandes, joias ricas em pedras raras (e, por isso mesmo, caras), roupas de grifes sofisticadas…
Carro: duplamente utilitário
Uma parte de nossa inteligência tem sido utilizada para a descoberta dos meios de produção de mercadorias necessárias à vida; outra parte para a fabricação de coisas de utilidade duvidosa, mas que são símbolos de riqueza.
O mais comum é a associação das duas intenções. Mercadorias capazes de facilitar a vida do homem são feitas em vários modelos: uns mais simples de acordo com sua utilidade; outros mais sofisticados que servem aos fins práticos e também para a ostentação de riqueza. O carro exemplifica bem isso; a finalidade é preenchida pelo mais simples e pelo mais sofisticado, mas este último chama a atenção e é símbolo de privilégio.
A sofisticação é feita, ao menos em parte, em nome do conforto e da melhor qualidade; mas quase sempre é o elemento erótico ligado à vaidade que justifica o esforço a mais – ou até mesmo o extremo esforço! – que as pessoas estão dispostas a fazer para poder adquiri-lo.
Dessa forma, o carro se torna o mais poderoso sinal exterior de riqueza, pois atende a premissa com a qual abri este artigo: não basta à vaidade ter riqueza, é preciso exibi-la.
Ao circular com um carrão por aí, você projeta uma série de significados que esse carro representa: poder, prestígio, sucesso, competência para a acumulação de riquezas… Seu objetivo: despertar a admiração e eventualmente a inveja de outras pessoas.
Assim, você se “distingue” da maioria em qualquer hora e lugar.