por Gilberto Coutinho
Inflamação da mucosa que reveste os seios da face, de evolução crônica ou aguda, purulenta ou não e, às vezes, associada a uma afecção inflamatória do osso do maxilar superior de origem dentária.
A infecção viral das vias respiratórias superiores, o resfriado comum, é o fator que mais predispõe à sinusite bacteriana aguda. Já as manifestações alérgicas, normalmente, precedem o resfriado.
Na sinusite crônica, existe um fundo alérgico e em 25% das sinusites maxilares crônicas há infecção dental subjacente.
Na fase aguda, há manifestação de dor, cefaléia (dor de cabeça), pontos dolorosos, fluxo nasal purulento (geralmente, unilateral).
Nos últimos anos, têm aumentado as evidências sobre os efeitos do leite e de seus derivados sobre o organismo humano sensível ou alérgico. O leite contém diversos componentes em quantidades desproporcionais para o homem, como a lactoalbumina (proteína do leite) e inúmeros alérgenos (substâncias capazes de provocar uma reação alérgica). O excesso de albumina, de mucopolissacarídeos e de outros compostos mucóides (que se parecem com o muco) fazem do leite um dos produtos mais mucogênicos (formadores de mucos), capaz de aumentar as secreções das mucosas.
Os mucopolissacarídeos são longas cadeias de moléculas de açúcar usadas na construção dos tecidos do corpo, que dão consistência à água para unir as células e lubrificar as articulações. “Muco” refere-se à consistência gelatinosa das moléculas; “poli”, significa muitos; e “sacarídeo”, termo genérico para molécula de açúcar.
Terapêutica
Somente se deve fazer uso de remédios e medicamentos sob a orientação e a prescrição terapêuticas. Deve-se combater a automedicação.
Num quadro agudo de sinusite, a terapêutica tem por objetivo drenar as vias respiratórias superiores e combater a infecção aguda.
Se a sinusite é crônica e encontra-se associada à alergia, o controle de longo prazo depende da eliminação dos alérgenos alimentares, do ar e da correção do problema subjacente que permitiu que a alergia se desenvolvesse.
Durante a fase aguda, devem-se eliminar os alérgenos alimentares comuns (leite, trigo, ovos, cítricos, milho e pasta de amendoim).
Na rinite alérgica, as aplicações locais de calor são efetivas para aliviar os sintomas de curto e longo prazos.
Medidas gerais em uma infecção aguda: repouso (melhor no leito); ingerir grandes quantidades de líquido (de preferência sucos vegetais diluídos, sopas e chás de ervas); limitar o consumo de açúcar (inclusive o das frutas) para menos de 50 gramas por dia; e eliminar os alérgenos alimentares.
Remédios botânicos: Hydrastis canadensis (o mais efetivo no combate das infecções sinusais bacterianas agudas; Echinacea purpurea (Equinácea); Uncaria tomentosa (Unha-de-Gato); e Trigonella foenum-graecum (Feno-grego).
Suplementação nutricional: Cálcio, Cobre, Complexo B, Magnésio, Beta-caroteno, Vitamina B12, Vitamina C, Vitamina D, Vitamina E, Zinco, Bromelaína (enzima extraída mais comumente do abacaxi) e Papaína (enzima extraída do látex do mamão).