Da Redação
Dia 26 de abril é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial.
Antes considerado fator de risco para as doenças cardiovasculares, junto com a hipertensão, o cigarro se confirma como fator de risco para o desenvolvimento da pressão alta, aumentando, portanto, as chances do fumante em desenvolver mais rapidamente a doença e agravando as chances de uma doença cardiovascular, ao combinar dois fatores de risco: fumo e hipertensão.
Para o Dr. Artur Beltrame Ribeiro, Presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, esta constatação é grave, uma vez que 30% da população mundial é de fumantes. O Dr. Rahaghi alerta ainda para a dificuldade em largar o vício de fumar. Segundo ele, entre os fumantes, 70% querem parar, 81% já tiveram a iniciativa de largar o vício e 35% tentam todos os anos abandonar o vício.
Por que fumar aumenta a pressão arterial?
O Dr. Rahaghi mostrou ainda que o fumo aumenta a rigidez das artérias, aumenta a resposta por substância vasoativas e a atividade do sistema nervoso simpático fazendo assim, aumentar a pressão arterial.
"Antes, o vício do tabaco estava associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e não propriamente a elevação da pressão arterial. Entretanto, a pesquisa da Cleveland Clinic demonstra que o tabagismo é um dos principais fatores de risco para a origem não só das doenças ligadas ao coração, mas também da pressão alta.", afirma Dr. Ribeiro.
Na apresentação foram ressaltado ainda os benefícios em parar de fumar, como a diminuição da pressão arterial, a menor ingestão de medicamentos no tratamento de hipertensão. No entanto, os benefícios respiratórios se apresentam após 4 semanas de interrupção, mas os benefícios cardíacos são sentidos em um período mais longo, que pode chegar a até 11 anos sem o cigarro.
"Quanto maior o período de tempo longe do tabaco, maior a possibilidade para reversão ou melhoria dos processos deletérios já instalados no indivíduo ou mesmo para prevenir a incidência de novas doenças ligadas ao fumo, que vão desde as doenças cardiovasculares, pulmonares e cancer entre outras" declara o Dr. Sanjuliani.