por Marta Relvas
Hábitos e manias impulsivas como, por exemplo, o de pegar objetos dos outros; esse comportamento começa a ser observado e investigado na infância.
Muitas crianças criam hábitos e cometem pequenos furtos, levando para casa objetos que não os pertencem, e os responsáveis não dão a devida importância para essas atitudes.
Assim, a criança permanece sem as orientações adequadas, acreditando não ter cometido nada de errado, entendo como natural sua atitude.
Uma vez acontecido esse episódio, pais e responsáveis precisam conversar com a criança e escutá-la para sanar possíveis problemas futuros.
Cleptomania é um distúrbio mental, considerado uma neurose impulsiva, conhecido como Transtorno do Controle dos Impulsos (TCI), que precisa de tratamento. Essa impulsividade de roubar é patológica, diferente do roubo intencional, o qual as pessoas fazem em geral por falta de caráter e às vezes por necessidade.
É considerada como um transtorno dos impulsos, estando diretamente inserida na quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – IV; American Psychiart Association, 1994).
Causas do desenvolvimento da cleptomania:
– Na infância pode ocorrer a falta de um mecanismo de controle, inicialmente de origem externa, vindo dos pais ou educadores – uma vez que a criança, muito cedo, sabe pelos pais e pela sociedade que o ato de furtar é abominável, por isso construir o processo de internalização na criança, torna-se necessário através do diálogo e conversas, sem julgar ou culpar.
– Desejo do indivíduo a se opor as regras de ordem dos pais ou desejo de punição pelos pais – como uma forma de atrair a atenção. Mas pode também apresentar alterações neurobiológicas.
Dicas importantes para acompanhamento:
O trabalho psicoeducativo com pais e professores é fundamental, pois normalmente as pessoas são resistentes quanto ao diagnóstico, por isso, a informação sobre as características e sintomas, prejuízos e consequências é a maior aliada para a qualidade da saúde mental do indivíduo. Saber identificar e minimizar estressores ambientais faz parte do tratamento e será importante para evolução positiva do transtorno do controle dos impulsos e outros transtornos mentais associados.