por Nuno Cobra
É abominável o que a TV lança na cabeça das pessoas, tornando-as pessimistas, negativas e derrotadas. Assistindo a TV coletiva do meu prédio, (não possuo televisão em casa), fiquei estarrecido. Parecia o fim do mundo: edifício em chamas com pessoas morrendo, soldados em guerra, desempregados vendendo qualquer coisa nas ruas para sobreviver, estabelecimentos agredidos por uma população ensandecida, quilômetros de praias, inundadas de petróleo, matando a fauna e a flora.
Em pleno século XXI, os Estados Unidos, liderados por um político desequilibrado, em busca de popularidade, busca soluções e avança, em preparativos bestiais de guerra, com milhares de tanques e helicópteros: um desperdício incomum, com tanta fome no mundo.
Assistir a isso tudo, depois de uma dura jornada de trabalho, deveria ser a última coisa a ser vista, pelo cidadão que preza a sua saúde e busca o seu bem-estar.
A programação violenta da televisão, principalmente na rede aberta, tira a perspectiva de felicidade e de uma vida melhor.
A importância da alimentação mental
É difícil ser feliz tendo uma alimentação mental tão ruim. Ninguém fala na alimentação mental, somente na fisiológica, com excesso de temperos, molhos, frituras, gorduras…
Na frente da TV, somos intoxicados pela alimentação mental, ouvindo e vendo o que de pior existe para a cabeça e o coração.
As emissoras deveriam transmitir programas para aumentar a auto-estima do brasileiro, mostrando fatos da nobreza humana, conectando sentimentos de humanidade e espiritualidade. Isso provocaria a liberação positiva de hormônios na corrente circulatória, indo ao cérebro, trazendo bem-estar, colocando as pessoas, emocionalmente, num platô superior.
As programações violentas são justamente o oposto. Plantam no inconsciente e passam para o consciente uma sensação de pessimismo e nervosismo.
Essa carga negativa, exerce fisiologicamente uma sensação ruim e de mal estar, que a pessoa não se dá conta. Mas que certamente acrescenta negatividade no seu humor e até na forma dela interagir com a família, ao invés de elevar o moral, a auto-estima e o astral.
O que assistir?
A programação da TV Cultura, comédias, esportes, documentários, filmes leves, lights como a comida. Nada de filmes tristes.
Da mesma forma que precisamos de um corpo leve e bem nutrido, precisamos também de uma cabeça leve e bem nutrida. Portanto a comida, a audição e a visão devem ser leves.
À noite, ouça uma boa música erudita, jazz, MPB… e, ao mesmo tempo, aproveite para conversar com seus filhos, ou com seu parceiro (a).
Mas esta mudança de hábito tem que ser natural.
Rock pauleira ou música agitada, só ao acordar. A noite é a hora da paz e do recolhimento.
Peso na alimentação, na visão e na audição, principalmente nas horas que antecedem o sono, refletem na sua qualidade e no sonho. Quem está doente tem pesadelo. O bom sonho acontece quando se tem uma boa vida. Assim fica gostoso ir para cama.
Não sou contra a televisão, apenas é necessário se proteger, não sintonizando em programas macabros ou de noticias dilacerantes. Mas isto não significa na prática que você tenha que se alienar, a TV também presta serviços e traz informações úteis para o nosso cotidiano. Com o controle remoto, fica fácil separar o joio do trigo.