Como ajudar uma pessoa muito descontrolada que afeta sua família?

por Joel Rennó Jr.

"Como posso ajudar uma pessoa que tem descontroles muito intensos? Ela provoca brigas horriveis, grita, berra; diz que todos estão errados e só ela está certa; tem crises de depressão; está de mal com todo mundo, pois ninguém aguenta mais suas brigas, inclusive a família. Ela diz que não precisa de médico. O que posso fazer? Só sobrou eu pra ajudar."

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Resposta: Na prática, há vários comportamentos disfuncionais e que causam sofrimentos psiquícos próprios ou a terceiros.

A melhor forma de ajudar é incentivando a pessoa a procurar uma ajuda médica consistente, com um psiquiatra qualificado e também com um(a) psicólogo(a).

Pessoas com descontroles intensos, que provocam brigas horríveis e explosivas ou até impulsivas podem sofrer de vários distúrbios mentais:

1) Transtornos de personalidade;

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2) Transtornos de controle dos impulsos;

3) Transtornos de humor (depressão ou transtorno bipolar do humor);

4) Transtornos de ansiedade;

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5) Uso nocivo de álcool ou drogas;

6) Transtorno de Déficit Atencional e Hiperatividade.

Portanto, sintomas psíquicos semelhantes ou mesmo alterações comportamentais similares podem ter causas distintas e isso é extremamente complexo porque depende de vários fatores que só o médico psiquiatra pode avaliar.

As pessoas precisam deixar o medo e crenças errôneas de lado e procurar o psiquiatra o mais rápido possível, quando sofrem de sintomas psíquicos que geram sofrimentos aos outros e a elas mesmas.

Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico psiquiátrico, melhores as chances de sucesso do tratamento.

Quando não houver um diagnóstico psiquiátrico específico, a psicoterapia pode ser também uma aliada para ajudar as pessoas na melhora da autoestima, no controle dos impulsos e dos sentimentos negativos como raiva, mágoa, tristeza ou ansiedade perante acontecimentos que as deixam intolerantes ou frustradas.

Há pessoas que têm um baixo limiar à frustração, perante qualquer negativa, sentem-se rejeitadas e se tornam agressivas. Tais comportamentos não necessariamente podem estar relacionados aos distúrbios psiquiátricos e só o médico psiquiatra pode avaliar tais comportamentos de forma pormenorizada e precisa.

Atenção!

Esse texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra e não se caracterizam como sendo um atendimento.