por Emilce Shrividya Starling
Existe uma tendência em nossa cultura, de pensar que o amor a si mesmo é vaidade, egoísmo ou orgulho. Desde pequenos, sentimos que não somos bons o suficiente, que precisamos atender os desejos e expectativas dos pais, as ordens dos professores, das religiões, que nos incutiram sentimentos de culpa e pecado.
Com essa educação repressiva, a criança vai perdendo a espontaneidade, a alegria pura, e o desejo natural de perguntar sobre o que não conhece. Vai se tornando um adolescente tímido, fechado em si mesmo, com vergonha de dar opiniões, de falar em grupos, de relacionar com naturalidade com as outras pessoas. Passa a se criticar e a ver somente seus defeitos. Não gosta do próprio corpo, do cabelo, e não se aceita.
Essa rejeição veio do modo que a criança foi criada, com pais críticos e professores exigentes, da competição e critica dos colegas de classe. Cresce lutando para responder às solicitações externas, como forma de ser amada e aceita pelos outros.
Será que isso aconteceu com você também?
Você se sente preso dentro de si mesmo, como se amarras não deixassem você se expressar como gostaria?
Você se sente incapaz de conquistar suas metas, de passar em um concurso que tanto deseja?
Você tem medo de começar um novo emprego, de morar sozinho?
Você admira os outros e gostaria de ser como eles?
Você não gosta de si mesmo e gostaria de ser diferente, com outro cabelo, outra aparência, outro modo de ser?
Acha que não vai encontrar alguém que lhe ame?
Para se autoafirmar você diminui os outros? É arrogante e sempre encontra defeitos nos outros?
Quer sempre mudar as pessoas, é autoritário e crítico?
Responda para você mesmo esse questionamento com sinceridade e comece a se autoconhecer.
Compreenda que as atitudes de timidez, egoísmo, rebeldia, vaidade ou arrogância são escudos para ocultar de você mesmo as carências, os medos, inseguranças que o incomodam e lhe fazem sofrer. Fazem parte do ego negativo. Ora você se sente como uma criança insegura ou rebelde, ora como um adulto crítico e repressor.
Contemple o que permitiu que fizessem com você. Quais atitudes suas impediram que você manifestasse seus talentos, suas qualidades.
Em vez de culpar as outras pessoas, mude e corrija suas atitudes negativas e sua baixa autoestima. Está na hora de aprender a se amar, de descobrir suas qualidades e adquirir uma boa autoestima. Elogie-se sentindo como você faz bem aquilo que faz.
Entenda que se elogiar não é orgulho nem vaidade. Quando você se culpa e se critica você destrói a auto-estima e quando você se elogia, você eleva sua autoestima.
“Em vez de pensar: “Eu já melhorei um pouco, mas ainda falta muito para melhorar”, pense: ”Que bom. Eu já melhorei tudo isto.” E assim, sinta-se motivado a melhorar cada dia mais.
Como amar a si mesmo?
É bem simples. Faça as pazes com sua mente. Faça as pazes com você mesmo. Pare de se criticar. Pare de se diminuir. Valorize-se. Perdoe a todos e principalmente se perdoe, e isso abrirá uma porta para a entrada do amor.
Não é difícil se amar, mas envolve uma mudança de atitude na maneira em que você se observa, se respeita, se admira. Pense com bondade e amabilidade sobre você mesmo. Seja gentil e paciente com você. Fique em paz! Deus em mim saúda Deus em você!