por Patrícia Gebrim
Acho integridade coisa das mais lindas. Quer dizer plenitude. Inteireza. Associo com uma espécie elevada de pureza. E se há tão pouca integridade nos dias de hoje, isso deve-se ao fato de que as pessoas buscam criá-la artificialmente, ao invés de permitir que flua como consequência do ato de nos conectarmos à luz que somos.
Muitas pessoas olham ao redor, tentando ser íntegras. Querem ser íntegras com um parceiro, em seus trabalhos, ou na sociedade. Tentam agir de forma "correta" e "respeitável". E vez após outra falham, quando o que desejam segue por um caminho diferente dos compromissos estabelecidos com as parcerias e instituições. Vemos isso acontecer todos os dias. Acordos rompidos e seus consequentes desgastes e frustrações. Isso gera embates, acusações e muita dor.
Outras pessoas afirmam que o correto é serem íntegras consigo mesmas. Deixam de lado a obrigatoriedade de corresponder às expectativas do mundo e passam a servir ao seu próprio eu. No entanto, (essa é a armadilha), colocam-se a serviço de seu ego, essa parte do ser humano ainda baseada no princípio da separatividade, Passam a servir a seus próprios desejos egoístas, e acreditem, nenhuma plenitude pode vir de um caminho como esses. Não pode existir verdadeira integridade quando agimos cegos ao fato de que existe uma conexão plena entre nós e tudo o que existe. Não pode existir integridade se não estamos sendo íntegros com o amor. O amor nunca causaria mal a alguém para realizar os desejos de outrem.
Integridade é o caminho do guerreiro
A integridade só pode vir quando nos dispomos a servir nossa alma, nossa essência, a parte de nós que está ancorada no amor e que sente-se em unidade com toda a vida. Não é fácil se fazer algo assim. Muitas pessoas queridas ao nosso redor nos rejeitarão. As instituições não nos apoiarão. Mas o maior desafio será nosso próprio ego, que não se entrega com facilidade.
A integridade é o caminho do guerreiro. Requer que sejamos verdadeiros e cristalinos de uma forma muito corajosa. Requer que não tenhamos medo de perder pessoas, de enfrentar mudanças, de ter que partir do zero se necessário. Requer uma força interna que não pode vir de nada que conhecemos.
Requer que nos entreguemos para que a força de Deus flua através de nós.
E entendam. Quando digo Deus, não falo de um homem barbudo sentado numa nuvem. Falo dessa força maior que brilha em cada estrela desse infinito Universo que nos acolhe.
Quer saber? Só o divino em nós pode ser íntegro, o resto é conversa fiada.