A paz que eu quero
Não é ausência de guerra minha paz. Quero a paz do querer me libertar da prisão do desejar. Aliás, esse ano, que meu desejar não controle, senão sirva ao meu querer. Quero a paz dentro, para que eu participe fora com alegria sincera e não com o ranço do preconceito. Posso transbordar a partir de dentro; posso me afogar nas águas das decepções e expectativas de fora.
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Quero a paz do agora, a única que existe e escapa ilesa ao martírio do tempo. Quero a paz da clareza de propósito e da sobriedade sobre o que me cabe. Essa paz que passa comigo, passageiro da natureza. Natureza que reza e cuja oração é permitir meus passos e assistir minha passagem.